Natural da Paraíba, o poeta mudou-se para o Crato, aos 16 anos de idade, cidade onde desenvolveu a arte com as palavras enquanto trabalhava com outras funções, como agricultor, carroceiro e vigia. "Quando eu tinha dez anos de idade, eu já fazia um versinho completo, metrificado, já entendia um pouco", afirmou em entrevista.
O reconhecimento de sua poesia veio a partir de 1975, quando começou a divulgar suas obras no programa Coisas do Meu Sertão. Participou também da fundação da Academia dos Cordelistas do Crato, em 1991. Lançou ainda o livro "Onde Mora a Poesia", aos 75 anos.
A morte de Luciano Carneiro foi lembrada pela Secult, que emitiu nota de pesar. "Os versos hoje são de tristeza e pesar. A Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) celebra a vida e a obra do nosso querido mestre Luciano Carneiro que faleceu, nessa quinta-feira, dia 23 de julho, vítima da Covid-19. O céu se abre em poesia, como o mestre tanto queria, para receber sua melodia, para festejar sua travessia. Viva o mestre, o Ceará agradece seu legado, reconhece sua arte, sua maestria. Que a encantaria lhe receba bem em sua nova moradia. São os votos da Secult Ceará e do povo cearense".
Luciano Carneiro também era pai do radialista Marcos Carneiro.