segunda-feira, 1 de junho de 2020
“Gabinete do ódio” no Ceará está na mira do Supremo Tribunal Federal
O Estadão divulgou neste domingo (31), informação de que o “gabinete do ódio” do Planalto tem ramificação no Ceará e está na mira do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o jornal, “um dos núcleos mais estruturados, o ‘Endireita Fortaleza’ tem amigos até na assessoria especial do presidente Jair Bolsonaro, no terceiro andar do Planalto. A célula não foi alvo da operação da Polícia Federal na quarta-feira passada, mas entrou na mira das investigações pelo grau de engajamento nas redes sociais e por ligações com figuras influentes do governo”.
Ainda segundo a publicação: “O modus operandi da célula cearense é seguido por outros núcleos do ‘gabinete do ódio’. Os operadores mantêm páginas e grupos para defender Bolsonaro, promover linchamentos virtuais de adversários locais e incentivar a violação do lockdown imposto pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), como medida de combate ao avanço do novo coronavírus”.
O Estadão disse mais: “Nos anúncios lançados nas redes para atrair interessados, o núcleo apresenta conferências de “estratégias de inteligência e pressão popular para a retomada do poder pela sociedade civil organizada” e também de ‘militância profissional’. Prega, ainda, ações contra as famílias do ex-ministro Ciro Gomes e de seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), adversários de Bolsonaro”.
“Há a clara reprodução, no Ceará, do modus operandi do gabinete do ódio instalado na Capital Federal e comandado por um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro. Baseia-se na construção e disparo de notícias mentirosas e na tentativa de destruir reputações e demonizar a política”, disse Ciro ao Estadão.
Os líderes da célula do “gabinete do ódio” no Ceará trabalham hoje no Planalto e no gabinete do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ).
No Ceará, os líderes da milícia digital, segundo o Estados, são servidores da Assembleia Legislativa do Ceará no gabinete do deputado Delegado Cavalcante. Todos já estão sendo investigados pelo inquérito sob o comando do ministro Alexandre de Moraes.
(Cnews7)