sexta-feira, 1 de maio de 2020

Artigo - 1º de Maio: Resistência, Luta e Quarentena


O 1º de Maio de 2020 vai ser atípico e diferente de todos os outros que foram protagonizados até agora pela classe trabalhadora. Momento de demarcar espaço, ampliar reivindicações e denunciar os desrespeitos aos diretos daqueles e daquelas que geram riquezas e são o verdadeiro motor da economia, o primeiro de maio é um marco na luta dos trabalhadores no mundo todo, pois reuni em suas comemorações lutadores e lutadoras que no dia-a-dia estão na linha de frente das grandes lutas por direitos, reconhecimento e acima de tudo por condições dignas de trabalho, onde saúde, educação, moradia, lazer e salários dignos, são inerentes a essa condição.

Vivemos tempos sombrios e sob o ataque violento do neoliberalismo e do grande capital rentista, que destrói a nossa capacidade produtiva, os empregos e a possibilidade de reduzirmos as desigualdades sociais e econômicas, que crescem assustadoramente, e joga a todo instante milhares e milhares de trabalhadores(as) à condições sub-humanas. Não fosse isso por si só um grande desastre para classe trabalhadora, ainda enfrentamos atualmente um governo que tem como principal propósito, reduzir direitos, extinguir politicas públicas que beneficiam a maioria do povo, além do desmonte acelerado dos serviços de saúde, educação e assistência social, entre outros. A reforma trabalhista do governo Michel Temer e o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, foi o inicio de um ataque frontal – e nunca antes visto – contra a classe trabalhadora brasileira. Somos hoje um país sem direitos e sem empregos, pois atingimos a indesejável marca dos 12,3 milhões de desempregados – números do IBGE referentes a Março de 2020 – e com perspectivas de ampliação desse número em virtude da pandemia do Coronavírus e das medidas desastrosa do governo Bolsonaro, com a implantação da sua carteira verde amarela e a flexibilização ao extremo dos direitos trabalhista, que ataca a todos os trabalhadores(as). Somados a isso, ainda temos a reforma da previdência aprovada por Bolsonaro, feita ao sabor e ao desejo do grande capital e da elite econômica, que impôs aos trabalhadores(as) um golpe mortal contra os seus direitos previdenciários e a possibilidade de ter qualquer beneficio (justo e legítimo) após anos e anos de trabalho e contribuição para o desenvolvimento do país e da economia.

Enfrentamos hoje uma situação de pandemia com o Covid-19, onde o governo do falso Messias ignora, negligencia e desdenha da situação grave pela qual passa o povo brasileiro. Declarações estapafúrdias e irresponsáveis dão a tônica da postura do governo federal no combate a pandemia. Nesse sentido coube aos governadores dos Estados assumirem a tarefa de combate à propagação do vírus e garantir as condições para que a população sofra o mínimo possível com essa pandemia. A adoção dos cuidados básicos indicados pelos profissionais de saúde (uso de máscara, de álcool em gel, entre outros) e o isolamento social são fundamentais nesse momento.

Em virtude da pandemia, teremos um 1º de Maio diferente, com as centrais sindicais, lideranças politicas, artistas, movimentos sociais e lutadores e lutadoras de vários segmentos, construindo essa data com uma pauta voltada para defesa da saúde, do emprego e da renda. De forma inédita (e adequando-se aos tempos de pandemia) o 1º de Maio será realizado por meios virtuais. Mas, isso nem de longe tira o ânimo e a disposição da classe trabalhadora em defender as suas bandeiras de lutas, fortalecer a resistência e construir a unidade política pelo Fora Bolsonaro, hoje uma consigna imperativa, se quisermos vencer a luta contra o desemprego, conta a pandemia do coronavírus e garantir o espaço democrático e republicano para retomarmos o crescimento econômico, com investimento público e a garantia de politicas que atenda a maioria do povo brasileiro.

Viva o 1º de Maio! Viva os Trabalhadores e as Trabalhadoras do Brasil!

FORA BOLSONARO!

Pedro Lobo

Vereador do PT Crato – Ce.

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