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O ambiente escuro e com som alto dos cinemas pode ser atrativo para muita gente. Mas essas mesmas particularidades afastam das salas de exibição pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para elas, estímulos como luz e som chegam de forma diferente no cérebro, às vezes muito mais fortes do que deveriam, e, em alguns casos, acabam ficando insuportáveis.
Para oferecer a oportunidade que autistas e seus familiares possam desfrutar de momentos de cultura e lazer nos cinemas cearenses, o deputado Marcos Sobreira (foto) apresentou o Projeto de Lei 04/2020 que determina que as salas de exibição devem reservar, pelo menos uma vez por mês, uma sessão especialmente adaptada a pessoas com TEA.
De acordo com proposta, nas sessões adaptadas não haveria publicidade antes dos filmes, as salas teriam as luzes levemente acesas, o volume do som seria reduzido, além de ser permitida a livre movimentação das pessoas durante a exibição. Especificidades que facilitariam a permanência e boa convivência das pessoas autistas e seus familiares nesses espaços.
Para o deputado Marcos Sobreira, presidente da Comissão de Cultura e Esportes da Assembleia Legislativa do Ceará, é importante que não existam barreiras no acesso aos meios culturais. “Oferecer sessões especiais, é garantir que o Art. 215 da nossa Constituição, que trata sobre a democratização do acesso à cultura, seja cumprido. Autistas, assim como toda a sociedade, precisam ter o direito de desfrutar com conforto e segurança desses momentos de lazer. A nossa iniciativa é apenas um primeiro passo, precisamos avançar, cada vez mais, na questão da inclusão e do respeito”, destacou o parlamentar.