sábado, 1 de fevereiro de 2020

Após reunião com Bolsonaro, Onyx nega esvaziamento e diz que fica no cargo


Após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro neste sábado, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que não se sente esvaziado no cargo. Ele disse que permanece na pasta e representará Bolsonaro na sessão solene de abertura do ano legislativo no Congresso nesta segunda-feira (3).

"As coisas vão continuar a seguir seu rumo normal. Falamos muito e revisamos a mensagem presidencial (ao Congresso). Eu vou levar na segunda-feira porque ele (Bolsonaro) vai estar em São Paulo", afirmou. Onyx disse ainda que não discutiu com Bolsonaro sua possível saída da Casa Civil. A reunião entre eles durou cerca de uma hora e 20 minutos.

"Nós nem conversamos sobre isso, nós conversamos sobre as tarefas do ministro da Casa Civil a partir já agora do meu retorno das férias. Hoje já conversamos sobre a rotina normal, então, fica tudo igual, não mudou nada", afirmou.

Bolsonaro tem buscado uma saída para a crise política protagonizada pelo ministro da Casa Civil. O auxiliar, por sua vez, trabalha para se manter no cargo.

A Casa Civil foi esvaziada quando o presidente decidiu retirar da pasta o PPI (Programa de Parceira de Investimentos) após demissão, recontratação e nova demissão de Vicente Santini, então secretário-executivo de Onyx.

Santini foi destituído do cargo por Bolsonaro após viajar com duas assessoras em um voo exclusivo da FAB (Força Aérea Brasil) de Brasília para Davos (Suíça), e de lá para Déli (Índia), episódio que foi classificado de imoral pelo presidente. O secretário chegou a ser realocado na pasta, mas, após repercussão negativa, Bolsonaro decidiu demiti-lo novamente.

Segundo Onyx, o assunto é "página virada". "Nós (ele e Bolsonaro) conversamos sobre isso, mas isso é página virada, ponto final. Conversamos hoje e é isso, está resolvido. O presidente tomou suas decisões, Jair Bolsonaro é meu líder, a decisão que ele toma é a decisão que tem que ser acatada", afirmou o ministro.


Segundo auxiliares presidenciais, Bolsonaro avalia três hipóteses para Onyx caso sua permanência na Casa Civil fique inviável. Entre as possibilidades estão os Ministérios do Desenvolvimento Regional, o da Cidadania e o da Educação.

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