quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
Polícia segue três linhas de investigação para esclarecer morte do prefeito de Granjeiro. João do Povo
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) realiza levantamentos para descobrir a motivação e a autoria do homicídio em que foi vítima o prefeito de Grajeiro, João Gregório Neto (PL), o João do Povo. Entre as linhas de investigação estão a atuação política na região, agiotagem e a hipótese de crime passional. O prefeito foi assasisnado a tiros uns 100 metros de casa quando fazia caminhada na manhã da última terça-feira (24), véspera de Natal, em Granjeiro.
O delegado Ricardo Pinheiro, ouvido pelo Diário do Nordeste, confirmou que “não é descartada nenhuma das hipóteses”, mas não quis entrar em detalhes sobre as duas linhas de investigação. “Estamos levantando todas as possibilidades. Não descartamos outras hipóteses também”, completou.
Entretanto, o delegado indicou que as provas não levam a crer que os criminosos pretendiam assaltar ‘João do Povo’ – o que configuraria tentativa de latrocínio – já que nenhum pertence foi roubado. O prefeito foi morto a tiros quando caminhava ao lado do Açude Junco, próximo à sua casa.
A Polícia suspeita que um veículo Renault, filmado por câmeras de monitoramento nas proximidades da cena do crime, tenha sido utilizado pelos criminosos. O governador Camilo Santana determinou “rigor absoluto nas investigações, com reforço de equipes na região, para que os criminosos sejam identificados e presos o mais rápido possível”.
Depoimentos
Pelo menos cinco testemunhas já foram ouvidas no Inquérito Policial sobre o homicídio. Entre elas estão a companheira e o motorista da vítima, as únicas pessoas que estavam na residência do prefeito, a metros de distância do crime. “As testemunhas são pessoas que conhecem a história da vítima, relacionamentos, situações possíveis e se vinha sofrendo ameaças”, explica Ricardo Pinheiro.
Irmão da vítima, Cícero Gregório afirmou ao Sistema Verdes Mares, na terça-feira (24), que o prefeito não comentou nada com a família sobre ameaças de morte. Porém, um vereador do Município e amigo de ‘João do Povo’, após sair com ele nos últimos dias, comentou com Cícero que o notou “meio diferente”. O prefeito costumava andar com seguranças. “Não tinha rixa com ninguém, nunca brigou com ninguém. Não deve pra ninguém”, ponderou o irmão.
A investigação está centralizada no Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa (NHPP) da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, onde as pessoas prestam depoimento sobre o caso.
(Com informações do DN)