segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Pesquisadores da URCA e UFCA lançam programa inédito para registro biométrico de fósseis


Pesquisadores da Universidade Regional do Cariri (URCA) lançaram, na manhã desta segunda-feira, 23, durante coletiva de imprensa, realizada no auditório da sede do Geopark Araripe, em parceria com a Universidade Federal do Cariri (UFCA), o Programa Paleoimage, destinado à identificação biométrica dos fósseis achados na Chapada do Araripe. O trabalho é inédito e deverá servir de referência para a preservação desse tipo de patrimônio no mundo.

O programa poderá ser disponibilizado através de aplicativo e qualquer pessoa terá a oportunidade de fazer o registro, o que possibilitará em mais segurança, através do caráter inovador, no combate ao tráfico e furto de fósseis do Ceará, disponibilizando também a tecnologia da informação através de plataforma digital. Os registros estão sendo já realizados com o acervo da Universidade, através do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens.

O programa foi desenvolvido pelos professores Katia Sacramento, da Universidade Regional do Cariri (URCA) e Vinicius Sacramento, da Universidade Federal do Cariri (UFCA). Outras propostas inovadoras estão sendo implementadas pelos pesquisadores, em parceria com o pesquisador Allyson Pinheiro (URCA), Álamo Saraiva (URCA).

A proposta é uma resposta dos pesquisadores aos problemas relacionados à questão da segurança maior desse patrimônio, inclusive possibilitado a repatriação de fósseis. O software é uma poderosa ferramenta de identificação biométrica que pode ser utilizada em qualquer sítio paleontológico, pelo mundo, como uma ferramenta de controle local.

O lançamento foi realizado com a presença do Reitor da URCA, Professor Francisco do O’ Lima Júnior, o diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, Allysson Pontes, que já vinha buscando uma ferramenta mais segura no sentido de possibilitar maior preservação e combate ao tráfico de fósseis, além dos pesquisadores Kátia Sacramento e Vinícius Sacramento.

Estratégia de defesa
Para o Reitor da URCA, essa é uma grande estratégia que já inclui várias defesas, como o próprio projeto do Geopark Araripe, no combate a saída e a venda ilegal de fósseis. Ele ainda afirma que a luta tem sido intensificada nos últimos anos, além do papel da Universidade, de encampar essa causa em suas mais diversas áreas de atuação, a consolidação dos museus, o aspecto científico, e a bandeira do patrimônio Paleontológico da região.

Conforme o Reitor, dar suporte a esse tráfico, com a identificação das peças, onde quer que elas estejam, é muito importante. “Acima de tudo destacar o trabalho de pesquisa, produto de várias instituições como a URCA e UFCA, IFCE, tendo como resultado o seu trabalho, que vai servir à sociedade, destacando esse importante papel da ciência”, diz.

Dentro da campanha Lugar de Fóssil é no Museu foi realizada uma nova doação, pelo morador de Santana do Cariri, Expedito Carlos do Nascimento, e já incluída no processo de identificação através do novo programa. A campanha nasceu recentemente em Santana, e permite que as pessoas possam ser sensibilizadas à doarem para pesquisa científica.

O Professor Vinícius Sacramento ressaltou que quando um fóssil for encontrado numa área de extração, o programa permite que ele seja registrado digitalmente, com a retirada de uma foto, e essa imagem passa a ser registrada no banco de dados da universidade. “Se porventura esse material for extraviado ou apreendido, poderá ser feito o escaneamento dessas imagens através do Paleoimage e identificar esse fóssil como propriedade da universidade”, explica.

A Professora Kátia Sacramento destaca a importância do registro biométrico para o banco de dados. “Esses fósseis precisavam de uma identidade para assegurar que eles possam ser rastreados em qualquer situação, através da catalogação biométrica”, afirma.

(Governo do Ceará)

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