Em pronunciamento na manhã desta quarta-feira (26), o Deputado Estadual Guilherme Landim (PDT), detalhou a viagem da Comissão Especial de Acompanhamento das Obras da Transposição do Rio São Francisco, que aconteceu no último dia 14. O parlamentar, que é presidente do colegiado, anunciou que o relatório sobre a visita será debatido hoje com todos os membros da Comissão e, em breve, deve ser apresentado ao Ministro da Integração Nacional, Gustavo Canuto.
De acordo com Landim, na Transposição, o Trecho 2, que começa em Jati, passa por Brejo Santo, Mauriti, e Barro já está com 99% das obras terminadas, faltando apenas detalhes e limpeza dos reservatórios. O Trecho 1, que vai de Salgueiro (PE) ao município de Jati, está com 95.76% das obras concluídas.
O parlamentar falou ainda sobre o crédito suplementar aprovado pelo Congresso Nacional para as obras da Transposição no valor de R$ 550 milhões. Destes, R$ 150 milhões devem ser utilizados para a conclusão das obras para que as águas cheguem aos reservatórios cearenses.
“Como presidente da Comissão e Parlamentar hoje, mas como um ex-prefeito que acompanhou meu pai aqui na luta em defesa da Transposição, eu não tenho coragem de falar em prazos. Quero trazer os prazos que nos foram passados, mas dizer ao povo que vamos estar aqui nesta Tribuna, neste plenário e nesta Comissão Especial, cobrando do Governo Federal a prioridade na liberação desses recursos”.
O cronograma de enchimento das barragens deve começar por Negreiros, no dia 28 de setembro. Apenas em fevereiro é que as águas chegam ao Ceará, no reservatório de Jati e só em 11 de março de 2020 é que a água poderá ser liberada para o Cinturão das Águas.
Cinturão das Águas é a maior preocupação
Guilherme falou da sua preocupação em relação à situação do Cinturão das Águas, que avalia, neste momento, como mais importante até do que o canal da transposição. A obra, que está quase completamente parada e em fase de contenção, soma dívidas de quase R$ 40 milhões com empresas responsáveis. Para finalizar o trecho emergencial, que leva as águas da Transposição ao Açude Castanhão, são necessários mais R$ 126 milhões. “Com o Cinturão das Águas, vamos garantir o abastecimento para as regiões centro-sul, Jaguaribana, além de Fortaleza e Região Metropolitana. Ao todo, precisamos de mais de R$ 170 milhões para concluir as obras do trecho emergencial”, enfatizou.
Todas as informações apresentadas pelos técnicos das obras foram unificadas em um único relatório construído pela Comissão, que deve ser debatido na tarde desta quarta-feira (26). “Na Sessão da Comissão que vamos ter logo mais, vamos apresentar todos os dados e concluir com um pedido para que o Ministro [da Integração] nos receba. Assim mostraremos a ele a importância destes 150 milhões para seguir o cronograma que foi nos passado”.