quarta-feira, 27 de março de 2019
Guedes diz não ter apego ao cargo, mas não seria inconsequente de sair 'na primeira derrota'
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (27), em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que não tem apego ao cargo, mas não terá a "inconsequência" ou a "irresponsabilidade" de sair "na primeira derrota".
Guedes deu a declaração ao responder a uma pergunta sobre a possibilidade de deixar o cargo na hipótese de o Congresso não aprovar uma reforma da Previdência que permita uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos, como defende a proposta do governo enviada ao Legislativo.
"Não tenho apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo, como também não tenho a inconsequência e irresponsabilidade de sair na primeira derrota. Não existe isso", declarou.
Segundo o ministro, "se o presidente apoiar as coisas que eu acho que podem resolver para o Brasil, eu estarei aqui. Agora, se ou o presidente ou a Câmara ou ninguém quer aquilo, eu vou obstaculizar o trabalho dos senhores? De forma alguma. Eu voltarei para onde sempre estive. Eu tenho uma vida fora daqui".
Em seguida, Guedes complementou: "Aí eu venho para ajudar, acho que tenho algumas ideias interessantes. Aí, o presidente não quer, o Congresso não quer. Vocês acham que eu vou brigar para ficar aqui? Eu estou aqui para servi-los. Se ninguém quiser o serviço, vai ser um prazer ter tentado. Mas não tenho apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo, como também não tenho a inconsequência e irresponsabilidade de sair na primeira derrota. Não existe isso."
O ministro afirmou que na hipótese de se autorizar uma dívida elevada da União, e não haver reforma da Previdência, não terá o que fazer no governo.
"Suponha que os poderes aprovam que a União deve 800 bi, que não tenha reforma previdenciária, não tem nada disso, eu vou ficar fazendo o que aqui? Só se for para apagar incêndio, vou entrar para o Corpo de Bombeiros de Brasília, para ajudar vocês", declarou.
(Portal G1)