A disputa pelo Aeroporto de Juazeiro do Norte deve colocar a alemã Fraport e a francesa Vinci como prováveis candidatas ao arremate do equipamento cearense no dia 15 de março, data do leilão dos 12 aeroportos do Governo Federal. O Focus apurou que as empresas se movimentam nos bastidores para participar do certame.
A Fraport administra os aeroportos de Fortaleza e Porto Alegre. E as obras de modernização do equipamento da Capital cearense seguem de vento em popa: ultrapassam 50% e com previsão de encerramento no primeiro semestre de 2020. No mundo, controla os aeroportos de Frankfurt (Alemanha), Lima (Peru), São Petersburgo (Rússia), Xi’an (China) e unidades na Turquia e Grécia.
Já a Vinci, gestora do equipamento de Salvador, detém o controle de três aeroportos no Japão, cinco nos Estados Unidos, dez em Portugal (entre eles Porto e Lisboa) e 12 na França.
Certo mesmo é o valor do investimento que o aeroporto do Cariri vai requerer: R$ 193 milhões da iniciativa privada. O montante será destinado às obras de expansão e modernização. É uma projeção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
É bom lembrar que a companhia privada que levar Juazeiro ganha também os aeroportos de Recife, Maceió, João Pessoa e Campina Grande. Todos eles do Bloco Nordeste. Sim, esse será o formato do leilão: blocos. A outorga paga no grupo gira em R$ 1,7 bilhão. O total de investimentos supera R$ 2 bilhões.
Além do próprio Nordeste, entram no rol aeroportos do Sudeste e Centro-Oeste. O Sudeste vem com Macaé (RJ) e Vitória (ES). O Centro-Oeste entra com os equipamentos de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, todos localizados no estado do Mato Grosso.
Para não esquecer: o edital prevê o leilão individual dos blocos, mas não impede que a vencedora e um grupo não abocanhe os outros. Exemplo: ganhou Nordeste, pode concorrer e ganhar Sudeste e Centro-Oeste. Por R$ 219 milhões de outorga à vista, a companhia privada arrasta tudo e se compromete a operar os aeroportos por 30 anos.
Qual a representatividade desses 12 equipamentos? 9,5% do mercado doméstico, ou quase 20 milhões de passageiros por ano.
(Focus)
