General Theophilo foi candidato ao governo do Ceará e depois se desfilou do PSDB |
O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciou nesta terça-feira (4), em uma entrevista coletiva na sede do governo de transição, que o delegado da Polícia Federal (PF) Luiz Pontel ocupará o posto de secretário-executivo do Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, o segundo mais importante da pasta. Atualmente, Pontel é o secretário nacional de Justiça, uma das áreas mais estratégicas do ministério.
O ex-juiz federal também informou que o general da reserva do Exército Guilherme Theophilo comandará a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
o general da reserva Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira disputou, em outubro, o governo do Ceará pelo PSDB, mas não se elegeu. Segundo o futuro ministro da Justiça, Theophilo se desfiliou do PSDB. "Não existe nenhuma indicação político-partidária", enfatizou Moro.
Na chefia da secretaria, o general da reserva vai assumir as atribuições do Ministério da Segurança Pública, pasta atualmente comandada pelo ministro Raul Jungmann. A Segurança Pública vai perder o status de ministério na gestão de Jair Bolsonaro, ficando sob a responsabilidade de Moro.
Segundo o perfil do general publicado no site do PSDB do Ceará, Theophilo passou para a reserva neste ano. O futuro secretário de Segurança Pública ingressou na caserna em 1966, nos bancos escolares do Colégio Militar de Fortaleza.
General de Exército com 52 anos de carreira militar, ele alcançou o topo da carreira como comandante militar da Amazônia.
Ao anunciar Theophilo para a chefia da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Moro declarou que a "tarefa" do futuro secretário será "padronizar" procedimentos na área de segurança pública nos estados.
"A tarefa do novo secretário, general Guilherme Theophilo, vai ser a de ajudar a reestruturar, resguardada as autonomias, tentar padronizar procedimentos, padrões de serviços e gestão envolvendo a segurança pública nos estados", explicou o futuro ministro.