A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a
próxima terça-feira (4) o julgamento de mais um pedido de liberdade
feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O processo
estava liberado para julgamento pelo relator, ministro Edson Fachin.
Fazem parte do colegiado os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cármen Lúcia, Fachin e o presidente, Ricardo Lewandowski.
No habeas corpus, Os advogados de Lula argumentam que a
indicação do juiz federal Sergio Moro para o governo do presidente
eleito Jair Bolsonaro demonstra parcialidade do magistrado e também que
ele agiu “politicamente”. Moro irá assumir o Ministério da Justiça em
janeiro.
A defesa de Lula quer que seja reconhecida a suspeição de Moro para
julgar processos contra o ex-presidente e que sejam considerados nulos
todos os atos processuais que resultaram na condenação deste no caso do
triplex do Guarujá (SP).
Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia
Federal em Curitiba, após ter sua condenação no caso confirmada pelo
Tribunal Regional Federal 4ª Região (TRF4), que impôs pena de 12 anos e
um mês de prisão ao ex-presidente, pelos crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro.
Responsável pelos processos da Lava Jato na 13ª Vara Criminal de
Curitiba, Sergio Moro nega qualquer irregularidade em sua conduta e diz
que a decisão de participar do futuro governo ocorreu depois de
medidas tomadas por ele, como o julgamento do ex-presidente Lula.
Agência Brasil