O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Caririaçu condenou o réu Jefferson Mateus Aguiar Luciano por homicídio triplamente qualificado contra Sayure Alves Nobre, que estava grávida, e com quem teve um relacionamento. Ele foi condenado a 28 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, e não poderá apelar em liberdade. O julgamento, realizado nessa terça-feira (28), foi presidido pelo juiz Marcelo Wolney Alencar Pereira de Matos.
De acordo com os autos, no dia 11 de agosto de 2017, por volta das 20h30, o acusado teria conduzido a vítima até as proximidades do lixão de Caririaçu e a executado com três disparos de arma de fogo, com a ajuda de outro envolvido. O motivo do crime seria porque a jovem, de 18 anos, estaria grávida, supostamente, dele.
Ele foi preso em agosto do mesmo ano, após investigação policial. Ao ser interrogado em Juízo, negou a autoria do delito, atribuindo-a ao comparsa que, por sua vez, afirmou ter emprestado apenas a arma de fogo.
Um ano e três meses após o crime, o acusado foi submetido a júri popular. Os jurados reconheceram homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino).
Jefferson cumprirá pena de 24 anos por homicídio triplamente qualificado, que será somado a mais quatro anos pelo crime de aborto provocado por terceiro, totalizando 28 anos de prisão.
A sessão de julgamento faz parte da programação do Mês Nacional do Júri, uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com tribunais de todo o País. O esforço tem como objetivo dar maior celeridade ao julgamento de crimes dolosos contra a vida. Conforme orientação do CNJ, estão sendo priorizados os casos de réus presos e que tenham como vítimas mulheres, crianças e adolescentes.
(TJCE)