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Ao todo, foram cerca de 150 animais contaminados. Todos, de acordo com o diretor de Sanidade Animal da Adagri, Amorim Sobreira, já sacrificados. A perspectiva é de que a quantidade de casos não siga aumentando. "Desses focos, fizemos um controle de vigilância num raio de 3km de todas as propriedades. Imagine que já fizemos cerca de 150 propriedades nesse raio e nenhuma apresentou animal sintomático", afirmou.
Temendo contaminação, a população tem feito notificações ao órgão, mas muitos dos registros não são confirmados. "Isso mostra que é pontual na região norte do Estado", destaca Amorim.
Todas as propriedades que apresentaram casos da peste suína são de pequeno porte. Condição estrutural comum no Nordeste, mas que apresenta desconformidades de controle sanitário. "Muita gente da agricultura familiar tem, criadores com quatro ou cinco matrizes. Não cria vendo o custo da produção e nem o retorno", explicou o presidente da Associação de Suinocultores do Ceará, Paulo Hélder. A entidade é composta por 25 criadores.
Nas granjas de criação tecnificada, de acordo com Paulo, o acesso está sendo restrito. "Normalmente, para entrar numa granja é preciso antes tomar banho, colocar bota, macacão... hoje os proprietários nem permitem visitas, para que não haja contaminação", detalhou.
Os criadores que tiveram seu rebanho sacrificado deverão ser ressarcidos em parte do valor de comércio de cada animal. A Associação Brasileira de Suinocultores estará à frente dos pagamentos, que giram em torno de R$ 5,20 por quilo vivo.
Os últimos casos de peste suína no Ceará tinham ocorrido em 2006 e atingido municípios como Forquilha, Coreaú, Tianguá e Caucaia. De lá para cá, a vacinação contra a doença, forma estratégica de buscar credibilidade com órgãos sanitários internacionais, não estava mais ativa. (Sara Oliveira)
(O Povo)