O presidenciável Fernando Haddad (PT) afirmou em comício na noite desta segunda-feira (1°), no
centro do Rio de Janeiro, que continuará procurando qualquer forma jurídica de libertar o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba desde abril.
Haddad também acenou às mulheres e fez ataques diretos a Jair Bolsonaro (PSL), que segue
em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência. O candidato do PT disse que toda segunda-feira, quando visita Lula, sente que "eles" ficam incomodados.
"Vou ver todas as formas jurídicas de ajudar o Lula porque o Lula está preso injustamente e todo mundo sabe disso", armou.
"Ficam querendo dar uma roupagem de legalidade para uma tamanha
arbitrariedade como essa."
O comício ocorreu na Cinelândia e contou com a presença de artistas como a atriz Bete Mendes e o
diretor de teatro José Celso Corrêa.
O petista deu início ao discurso criticando o que vê como uma conduta dos aliados de Bolsonaro de
ofender as mulheres.
Citou a declaração de seu vice, o general Hamilton Mourão, que relacionou a violência com a
ausência de guras
masculinas nas famílias. Também lembrou do filho
de Bolsonaro, Eduardo, que
afirmou
que as mulheres de direita são mais bonitas e higiênicas do que as de esquerda.
"Fico pensando no que passa na cabeça dessas pessoas para fazer política ofendendo as mulheres",
disse, acrescentando que elas "carregam o país nas costas" com quatro jornadas de trabalho diárias.
Neste momento, Haddad fez uma reverência a Ana Estela, sua mulher, que o acompanhou no
comício.
Também em ataque a Bolsonaro, o petista armou
que a saída para o Brasil não passa pelo
armamento da população. "Não queremos mãos armadas, queremos livro numa mão e carteira
assinada na outra."
Resumindo sua fala, que durou cerca de 15 minutos, Haddad despediu-se com quatro palavras: "Ele
não, Lula livre!"