Guimarães participou da reunião em Brasília |
Resolução da Comissão Executiva Nacional do PT divulgada nesta quarta-feira (1) informa que o partido decidiu apoiar os candidatos do PSB aos governos de Amazonas, Amapá, Paraíba e Pernambuco.
De acordo com o partido, ao decidir pelo apoio às candidaturas estaduais do PSB nesses estados, além do apoio à candidatura do PCdoB no Maranhão, o PT quer criar as condições para "ampliar nacionalmente o apoio à candidatura" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pré-candidato do PT à Presidência, Lula está preso desde abril, depois de ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). Ele se diz inocente.
Embora Lula esteja preso e possa ser impedido pela Justiça de disputar a eleição, a cúpula do PT mantém a estratégia de oficializar a candidatura do ex-presidente e de afirmar que não há “plano B” para o partido nas eleições de outubro.
"O Partido dos Trabalhadores, por meio de resolução do Diretório Nacional de dezembro de 2017, decidiu conferir prioridade absoluta à candidatura do companheiro Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República", diz o PT na resolução.
"Nessa perspectiva, o PT decide incorporar-se às campanhas em que esses aliados históricos disputam governos estaduais, criando as condições para ampliar nacionalmente o apoio à candidatura Lula", complementa o partido.
Com o apoio às candidaturas do PSB nos quatro estados, o PT deverá retirar a pré-candidatura da vereadora Marília Arraes ao governo de Pernambuco. Ela contesta a informação. Com isso, o PT apoiaria o governador Paulo Câmara, candidato do PSB à reeleição.
Ao decidir pelo apoio aos candidatos aos governos desses estados, o PT busca que o PSB opte pela neutralidade na disputa pelo Palácio do Planalto – postura que o próprio presidente do PSB, Carlos Siqueira, rejeitava há duas semanas.
Nos últimos meses, a campanha do candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, vem tentando atrair o apoio do PSB e formalizar uma chapa entre os dois partidos, na qual o PSB indicaria o candidato a vice.
O principal empecilho para que o apoio seja selado está justamente na disputa pelo governo de Pernambuco, onde há resistência de Paulo Câmara à união nacional entre PDT e PSB.
(Portal G1)