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A população brasileira vai continuar trajetória de
crescimento até 2047, quando chegará a 233,2 milhões de pessoas. A partir daí,
vai começar a cair, chegando a 228,3 milhões em 2060, mesmo patamar de 2034. Os
números foram publicados nesta quarta (25) na Projeção de População, estudo do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com estimativas
demográficas para os próximos 42 anos.
Em 12 estados, a população começará a decair antes do ano de
2048. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná,
Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
O IBGE atribui o fato ao saldo migratório negativo dessas
regiões. Já oito estados não apresentarão queda populacional até 2060, ano em
que termina a projeção. São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Roraima. Estas, explica o IBGE, têm taxas
de fecundidade mais elevadas ou recebem muitos cidadãos de outros estados.
Migração
internacional
A projeção considerou que entradas e saídas de migrantes no
território nacional se compensam, com saldo próximo de zero, com uma exceção:
os venezuelanos.
Segundo o IBGE, de 2018 a 2022, a estimativa é que tenham
migrado para o estado de Roraima 58,2 mil venezuelanos, totalizando 79 mil
oriundos da Venezuela desde 2015, quando o Brasil começou a receber fluxos do
país.
Envelhecimento
Em 2060, um quarto dos brasileiros terão mais de 65 anos.
Hoje, a proporção é de 9,2%. Já em 2039, haverá mais idosos que crianças no
país.
O primeiro estado a viver esse quadro será o Rio Grande do
Sul, que hoje é o que tem a maior idade média (35,9). Em 2029, o número de crianças
gaúchas será menor que o de idosos. Quatro anos depois, Rio de Janeiro e Minas
Gerais também experimentarão a inversão. Os estados de Amazonas e Roraima terão
mais crianças que idosos até o fim da projeção, em 2060.
(Veja)