A Polícia Federal deflagrou nesta quarta(4) a Operação
Ressonância, braço da Lava Jato no Rio, contra supostos cartel e à fraude em
licitações para o fornecimento de equipamentos médicos e materiais hospitalares
para a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro e para o Instituto
Nacional de Traumatologia (INTO).
Segundo a PF, ‘aproximadamente 180 policiais federais
cumprem 13 mandados de prisão preventiva; 9 mandados de prisão temporária e 43
mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraíba, Minas Gerais e no Distrito Federal’.
Entre os alvos de prisão temporária, estão os executivos da
Philips Daurio Speranzini Júnior e Frederik Knudsen.
A corporação dá conta de que as ‘investigações, que se
desenvolvem juntamente com o MPF, decorrem de elementos colhidos na Operação
Fatura Exposta deflagrada pela PF em abril de 2017’.
“Outros dados existentes em inquéritos anteriormente
instaurados pela Polícia Federal sobre o assunto, bem como elementos colhidos
em processos administrativos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(CADE) também subsidiam a apuração que indica a atuação de uma grande empresa
do ramo de fornecimento de materiais e equipamentos médicos no sentido de
manter sob influência a diretoria do INTO”, afirma a PF. “Na ação de hoje são
investigadas 37 empresas e os crimes de formação de cartel, corrupção, fraude
em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro”, conclui.
Segundo a corporação, o nome da ação, Ressonância, ‘é uma
referência ao tipo exame médico utilizado para diagnosticar a existência de
doenças e a sua extensão’.
(Estadão)