Ciro Gomes avança nas conversas com PSB. |
A duas semanas do início do período das convenções
partidárias, a hipótese de aliança nacional entre PDT e PSB em torno da
candidatura de Ciro Gomes ao Planalto cresceu nos últimos dias. Hoje, o
pedetista teria maioria do apoio dos governadores, deputados federais e
senadores pessebistas.
O PSB deve anunciar até o fim do mês se endossa o nome do
ex-governador do Ceará na disputa pela Presidência da República. O acordo é
fundamental para que o ex-ministro ganhe musculatura para fechar acordos com
outras legendas, como o grupo do “centrão”, e mais tempo de propaganda
política.
Para o atual líder do PSB na Câmara Federal, deputado Tadeu
Alencar, o partido se divide entre três alternativas: liberar os diretórios
estaduais para costurar blocos atendendo a interesses locais, como em São
Paulo, onde o atual governador Márcio França defende chapa com o pré-candidato
Geraldo Alckmin (PSDB); firmar apoio ao PT, parceiro preferencial em
Pernambuco; ou coligar-se ao PDT de Ciro, cujos dirigentes têm mantido reuniões
frequentes com o presidente do PSB, Carlos Siqueira – Cid Gomes, um dos
coordenadores da campanha de Ciro, reuniu-se 15 dias atrás com a bancada
federal pessebista.
“O Ciro tem uma ambiência no partido. Pode ser o nosso
representante desse campo de esquerda para as eleições”, disse o deputado
pernambucano. De acordo com ele, o ex-governador do Ceará tem conseguido “fazer
um diálogo com a sigla e expandir os apoios dentro dela”.
Apesar disso, admite Alencar, o PSB ainda procura chegar a
um entendimento com o PT no Estado. “Temos um grau de convergência com o PT.
Nos interessa atrair o partido para a base do governador (Paulo Câmara, do PSB,
que disputa a reeleição). E a condição disso é a retirada da candidatura”.
Ainda segundo o deputado: "Sou favorável a uma aliança com ele (Ciro
Gomes). Não temos vocação pra ser um partido qualquer, apenas pra construir
bancada"
(O Povo)