sexta-feira, 27 de julho de 2018

'Centrão' tenta evitar divisão na escolha de vice de Alckmin

Geraldo Alckmin (PSDB). Foto: Tahiane Stochero/G1

Depois de superar as divergências internas e fechar com Geraldo Alckmin, o "Centrão", rebatizado de "Blocão", busca agora evitar uma divisão na escolha do candidato a vice na chapa do tucano na disputa pela Presidência da República. Na avaliação de líderes do grupo, depois da recusa de Josué Gomes, o risco é uma "disputa interpartidária" gerar notícias negativas para Alckmin.
Nesta sexta-feira (27), líderes do grupo disseram reservadamente ao blog que a ordem é convencer a todos que uma nova divisão, provocada por "disputa interpartidária" na escolha do candidato a vice, vai gerar desgastes para o tucano num momento em que ele precisa se fortalecer para reverter a desvantagem nas pesquisas de intenção de voto.
Desde que ficou claro que o empresário Josué Gomes não aceitaria o convite para ser o candidato a vice, começou uma disputa entre PP, Solidariedade e DEM para definir quem entraria no lugar do filho do ex-vice-presidente José Alencar. Nomes dos três partidos passaram a figurar na lista dos possíveis candidatos a vice.
O problema, destaca um líder do "Centrão", é que há carência de nomes e falta de consenso. Os que poderiam ser considerados bons nomes, como o da senadora Ana Amélia (PP-RS), enfrenta resistências dentro do seu próprio partido. O nome indicado pelo Solidariedade, Aldo Rebelo, é visto com bons olhos pelo grupo, mas foi ministro dos governos Lula e Dilma, o que poderia pesar contra ele.
O DEM chegou a colocar inicialmente alguns nomes na mesa, como o do deputado Mendonça Filho (PE), mas os demais integrantes do grupo avaliam que o partido não deveria reivindicar o posto. Afinal, apesar de nada estar garantido, a tendência é que o DEM ganhe o apoio dos demais para reeleger Rodrigo Maia (DEM-RJ) para comandar a Câmara dos Deputados.
Nesta sexta-feira (27), Alckmin voltará a conversar com líderes do grupo para tentar avançar na escolha do nome o mais rápido possível. A ordem é tentar encontrar um nome que compense deficiências do tucano. Daí a ideia de escolher um candidato a vice do Sul ou do Nordeste, regiões onde o desempenho do tucano está enfrentando dificuldades.
(G1)

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