Geraldo Alckmin (PSDB). Foto: Tahiane Stochero/G1 |
Depois de superar as divergências internas e fechar com
Geraldo Alckmin, o "Centrão", rebatizado de "Blocão", busca
agora evitar uma divisão na escolha do candidato a vice na chapa do tucano na
disputa pela Presidência da República. Na avaliação de líderes do grupo, depois
da recusa de Josué Gomes, o risco é uma "disputa interpartidária"
gerar notícias negativas para Alckmin.
Nesta sexta-feira (27), líderes do grupo disseram
reservadamente ao blog que a ordem é convencer a todos que uma nova divisão,
provocada por "disputa interpartidária" na escolha do candidato a
vice, vai gerar desgastes para o tucano num momento em que ele precisa se
fortalecer para reverter a desvantagem nas pesquisas de intenção de voto.
Desde que ficou claro que o empresário Josué Gomes não
aceitaria o convite para ser o candidato a vice, começou uma disputa entre PP,
Solidariedade e DEM para definir quem entraria no lugar do filho do
ex-vice-presidente José Alencar. Nomes dos três partidos passaram a figurar na
lista dos possíveis candidatos a vice.
O problema, destaca um líder do "Centrão", é que
há carência de nomes e falta de consenso. Os que poderiam ser considerados bons
nomes, como o da senadora Ana Amélia (PP-RS), enfrenta resistências dentro do
seu próprio partido. O nome indicado pelo Solidariedade, Aldo Rebelo, é visto
com bons olhos pelo grupo, mas foi ministro dos governos Lula e Dilma, o que
poderia pesar contra ele.
O DEM chegou a colocar inicialmente alguns nomes na mesa,
como o do deputado Mendonça Filho (PE), mas os demais integrantes do grupo
avaliam que o partido não deveria reivindicar o posto. Afinal, apesar de nada
estar garantido, a tendência é que o DEM ganhe o apoio dos demais para reeleger
Rodrigo Maia (DEM-RJ) para comandar a Câmara dos Deputados.
Nesta sexta-feira (27), Alckmin voltará a conversar com
líderes do grupo para tentar avançar na escolha do nome o mais rápido possível.
A ordem é tentar encontrar um nome que compense deficiências do tucano. Daí a
ideia de escolher um candidato a vice do Sul ou do Nordeste, regiões onde o
desempenho do tucano está enfrentando dificuldades.
(G1)