No último sábado, 28, o mundo inteiro esteve mobilizado na luta contra as Hepatites Virais. Em Crato, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) se instalou na Praça Siqueira Campos, e realizou 236 testes rápidos de Hepatites B e C e aplicou 100 doses de vacina contra o tipo B.
A doença pode causar a infecção crônica do fígado e possivelmente se tornar câncer na idade adulta. A inflamação pode ser causada pelo vírus da doença, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.
A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de iniciativa e propostas brasileiras em maio de 2012. Desde então, o Ministério da Saúde do Brasil cumpre uma série de metas e ações de prevenção e controle para o combate à doença através de seu Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde.
O objetivo é atrair a atenção para o tema e incentivar o diálogo, principalmente no campo da saúde pública. A criação de novas políticas públicas e a eficiência das que já existem garante acesso universal ao tratamento e prevenção dessas doenças.
Conformou explicou Débora da Conceição, Coordenadora da Atenção em Saúde, “quem não se vacinou neste sábado, é só procurar as Unidades Básicas de Saúde durante a semana, que as vacinas e os testes estão disponíveis”.
A doença
Segundo o Ministério da Saúde, existem sete tipos de Hepatite: A, B, C, D, E, F (ainda não diagnosticada em humanos) e G, que atingem diretamente o fígado, causando infecções e outras complicações. Entre os sintomas da hepatite, estão mal-estar, dor abdominal, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, vômitos e pele amarelada.
A do tipo A é comum em crianças e ocorre de forma branda e sem sintomas. Entretanto, ela é mais séria em adultos e os sintomas tendem a ser mais graves. A transmissão deste tipo se dá por meio de água e alimento contaminados.
Estima-se no Brasil, que 2,3 milhões de pessoas tenham algum tipo de hepatite e cerca de 1,5 milhão são portadores do tipo C, o mais grave. Ainda não se tem uma vacina para este tipo de hepatite.
A vacina contra o tipo B está disponível na rede pública e sua imunização ocorre em três doses. A segunda dose deve ser tomada um mês após a primeira dose e a última, seis meses depois da primeira. A faixa de imunização atinge homens e mulheres até 49 anos.
Pessoas que compõem o chamado grupo de risco são profissionais do sexo, trabalhadores da área de saúde, coletores de lixo, usuários de drogas injetáveis, índios, vítimas de abuso sexual, doadores de sangue, pessoas reclusas, dentre outras. Elas podem e devem procurar as unidades de saúde para se vacinarem. Para estes, a vacinação é realizada independentemente da faixa etária e não é necessário revelar o motivo pelo qual se está buscando a vacina. É preciso apenas estar com o cartão de vacina.
Para evitar a doença, utilize sempre material esterilizado ou descartável em manicures, estúdios de tatuagem, acupuntura, serviços de saúde e procedimentos médicos e odontológicos. Não compartilhe escovas de dente, alicates de cutícula e lâminas de barbear ou depilar. Evite o contato com águas contaminadas, lave bem as mãos e cozinhe bem os alimentos. Utilize preservativo em todas as relações sexuais.
(Assessoria de Imprensa)