Com o impedimento de distribuição de combustíveis aos postos, a previsão é que o estoque dure "três ou quatro" dias apenas em Fortaleza. O alerta é do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sindipostos-CE). O POVO apurou que alguns postos da Capital já estão sem gasolina. Um deles fica localizado na avenida Barão de Studart, no bairro Joaquim Távora, e um na rua Padre Valdevino, no bairro Aldeota. Em um posto na Jovita Feitosa, os carros formam filas para abastecer.
Desde o meio-dia desta quinta-feira, 24, a base de abastecimento da Petrobras em Fortaleza foi bloqueada por caminhoneiros e motoristas de aplicativos de transporte individual de passageiros. Eles se manifestam contra a alta nos preços de combustíveis.
"Após esses quatro dias a tendência é de desabastecimento. Mas o consumidor tem que ter tranquilidade porque esse impacto deve ser reduzido pelo governo, até lá", recomenda Antônio José Costa, assessor de Economia do Sindipostos.
Ele reconhece o impacto prejudicial ao varejo de combustíveis, com a paralisação dos caminhoneiros. Cálculo do prejuízo ainda não foi estimado pelo sindicato.
A demanda tem se intensificado nos postos da Capital desde o anúncio de disparada no preço dos combustíveis. O litro da gasolina chega a custar R$ 4,89 nas bombas.
De acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do dia 13 ao dia 19 deste mês, o valor médio da gasolina em Fortaleza era terceira mais cara do Brasil, perdendo apenas para Rio Branco (R$ 4,89) e Rio de Janeiro (R$ 4,75).
(O Povo)