O presidente Michel Temer disse, hoje, em entrevista à Radio Bandeirantes, que se a intervenção na área de segurança do Rio não der certo a culpa será do governo e não das Forças Armadas. Segundo ele, as Forças Armadas “nada mais fizeram do que obedecer ao comando do seu comandante supremo”. “Se não der certo, não deu certo o governo porque o comandante supremo das Forças Armadas é o presidente da República”, disse.
Temer rechaçou que tenha colocado as Forças Armadas “numa fria” e afirmou que, na quinta-feira, 22, em encontro com os comandantes, eles disseram que “vai dar certo”. “Volto a dizer: se não der certo, foi o governo que errou, as Forças Armadas estão cumprindo uma orientação”, destacou. Segundo o presidente, durante o processo de decisão pela intervenção, “não houve nenhuma ordem dos militares”, apenas consultas e trocas de ideias.
De acordo com o presidente, é “zero” a possibilidade de um golpe militar. “Eu asseguro. Vou dar uma nota para a hipótese do golpe militar: zero", afirmou. “Não existe clima nas Forças Armadas ou na população para um golpe militar.”
Para ele, a violência no Rio chegou a um ponto que se não tivesse a intervenção não seria mais possível “habitar” a cidade. “Não havia outra (possibilidade) se não a intervenção desse setor (segurança) para colocar ordem na casa”, afirmou.
Ao ser questionado como tratará demandas de outros Estados, o presidente afirmou que, justamente por isso, decidiu criar o Ministério da Segurança para coordenar os trabalhos nos Estados. Temer sugeriu que a criação da pasta se dará por meio de decreto: "o Ministério da Segurança pode ser feito por decreto, mas ainda não tenho convicção".