Cerca de 2500 artistas distribuídos em 260 atividades culturais que se
espalham por 28 cidades do interior cearense. A expectativa é de que as
apresentações cheguem a um público de 200 mil pessoas. E tudo com acesso
gratuito. Não é só pelos números que a Mostra Sesc Cariri impressiona. É pela
possibilidade de difundir pensamentos, trocar experiências e dar visibilidade a
uma parte do que se produz no País. A programação começa hoje e segue até a
próxima terça-feira, 14.
A programação da Mostra procura abarcar as mais variadas linguagens
artísticas e ocupar espaços diversos. Tem arte popular no aeroporto de Juazeiro
do Norte; encontro de reisados, bandas cabaçais e capoeira na Igreja do Rosário
em Barbalha; teatro infantil em Penaforte; intervenção artística no Crato;
circo em Nova Olinda. Um passeio por estas e outras cidades, e é possível se
surpreender com um palhaço, um bailarino, uma exibição de cinema e música.
Muita música.
Parte importante da programação, os shows variam de ritmo e de público,
indo de estrelas da música nacional a nomes promissores da cena independente.
Na primeira noite, hoje, enquanto Waldonys toca em Jardim e Luiz Fidelis em
Aurora, é Lenine quem se apresenta no Crato, na Rffsa. No sábado, 11, é a vez
de Erasmo Carlos tocar seus rocks e baladas em Barbalha. O encerramento da
Mostra será com os Paralamas do Sucesso, apresentando o show Sinais do Sim em
Juazeiro do Norte.
Algumas novidades também entram para esta 19ª edição da Mostra. É o caso
do Sebo Colaborativo. A ideia é promover uma grande troca de livros na Praça da
Sé do Crato. Tem ainda a Feira Popular de Cultura instalada na Praça José
Geraldo da Cruz, em Juazeiro, com trabalhos de xilogravura, cordel e
artesanato.
Ainda sobre os números da Mostra Sesc Cariri, 3244 trabalhos foram
inscritos no edital para este ano - 41,13% a mais que para o ano passado. As
regiões com mais trabalhos selecionados são o Sudeste (34) e Nordeste (27). O
Ceará está representado por 74 artistas, dos quais 19 são do próprio Cariri.