Sob intensa pressão do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) indicou a aliados que deverá deixar a presidência do partido, da qual está afastado desde que foi envolvido na delação da JBS em maio, na semana que vem.
Ele também avalia licenciar-se do mandato.
O mineiro só não fez isso na quarta (18) porque o presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), afirmou publicamente que defendia a renúncia do colega. Tasso, por sua vez, disse ao partido que deixa a função se Aécio não sair.
Na terça (17), Aécio foi reconduzido ao mandato após o Senado derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal de mantê-lo afastado e sob recolhimento noturno enquanto é investigado por ter pedido R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista.
O STF o havia afastado em 26 de setembro, mas para evitar risco de uma crise maior tomou na semana passada a decisão de que a prerrogativa para avaliar sua decisão era do Congresso.
A cúpula tucana considerava a votação, na qual Aécio teve 44 votos a favor (eram precisos 41), a senha para a saída do mineiro.