Não se fala noutra coisa no meio jurídico
nesta quinta-feira em Santa Catarina. O clima esquentou no Tribunal de Justiça
à tarde. Durante sustentação oral na 1ª Câmara Cível, o advogado Felisberto
Odilon Córdova acusou o desembargador Eduardo Gallo, relator do processo, de
ter lhe pedido R$ 700 mil para julgar favoravelmente aos seus interesses.
A causa envolve uma disputa de R$ 35 milhões
(agravo de instrumento interposto em execução de honorários). Bastante
exaltado, Córdova não economizou nas críticas. Diante da denúncia, que chamou
de infundada, Gallo exigiu de pronto que se desse ordem de prisão ao advogado,
reclamou dos excessos e disse nunca ter sido chamado de vagabundo em 25 anos de
magistratura.
Para acalmar os ânimos, o presidente da
Câmara, desembargador Raulino Brunning, pediu vistas dos autos, suspendeu o
julgamento e decidiu oficiar o Ministério Publico e OAB para acompanharem o
caso.
Vídeo com a cena está circulando nas redes
sociais. A coluna procurou a OAB e o TJ para se manifestarem sobre o caso.
O presidente da OAB-SC, Paulo Brincas,
determinou a instauração de uma comissão que será presidida por ele para apurar
os fatos. O presidente em exercício do TJ-SC, desembargador Alexandre d'Ivanenko,
informou por meio da assessoria de comunicação que já tinha ciência do ocorrido
e pretende analisar o caso para depois se manifestar.
dc
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