sexta-feira, 4 de agosto de 2017

“Eu não puniria deputado que votou contra Temer”, defende Eunício Oliveira


O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), defendeu que deputados do PMDB que votaram contra o presidente Michel Temer (PMDB) no arquivamento da denúncia de corrupção não devem ser punidos pelo partido. Entre os parlamentares do Ceará, apenas um peemedebista votou pela continuação do processo.
Em relação ao governo de Temer, de quem é correligionário, Eunício evitou falar sobre o futuro político do presidente. Sobre a votação do arquivamento da denúncia contra Temer, ele disse que o Senado Federal se abstém do processo já que, constitucionalmente, seria o responsável por liderar o processo de sucessão do presidente.
 “Como estamos nos últimos dois anos, cabe ao presidente do Congresso, no caso o senador Eunício Oliveira, presidir o pleito e determinar as regras para esse pleito indireto. O Senado fica à margem de qualquer processo quando se trata de atos do presidente da República”, diz Eunício.
Ele também defendeu deputados que votaram a favor de que a denúncia contra Temer prosseguisse diante de ameaças de punição do partido. Do Ceará, o deputado Vitor Valim (PMDB) foi um dos peemedebistas que votou contra o arquivamento da denúncia.
“Se depender de mim, não vou punir ninguém por uma questão de consciência”, disse o senador. “O PMDB nasceu nessa questão da divergência, veio do processo contra a ditadura”, pontuou.
Dívida dos agricultures
O senador também destacou que conseguiu ampliar para 31 de dezembro de 2016 o período referente ao qual agricultores endividados podem renegociar suas dívidas junto ao Banco do Nordeste. “Isso atende a 1,5 milhão de famílias endividadas do Nordeste. No Ceará, são quase 347 mil famílias que serão diretamente beneficiadas”, afirma Eunício.
Faculdades de medicina
Eunício também anunciou a liberação de cinco faculdades de medicina para o interior do Ceará. Os municípios de Crateús, Itapipoca, Iguatu, Quixadá e Russas receberão as faculdades, segundo ele. Não há confirmação do Ministério da Educação (MEC).
A instalação de novos cursos de medicina é uma demanda antiga do Estado, mas ainda não foi confirmada pelo MEC. O Ministério divulgou a abertura de 11 novos cursos na terça-feira (1°), mas nenhum deles para o Ceará. Há previsão de edital que contemple Norte e Nordeste, mas a data de lançamento não está definida.
Crato e Quixeramobim, que também pleitearam o curso, não conseguiram viabilizar a candidatura por problemas com a documentação.
“Não conseguimos encaixar Crato e Quixeramboim porque os prefeitos não fizeram o dever de casa, não entregaram a documentação necessária”, pontuou Eunício, referindo-se, inclusive, ao ex-prefeito do Crato Ronaldo Mattos, que, na época, era do PMDB.
Tribuna do Ceará

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