quinta-feira, 20 de julho de 2017
Sérgio Machado devolve R$ 56 milhões desviados da Transpetro
O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado (foto), devolveu R$ 56 milhões aos cofres da companhia, subsidiária da Petrobras responsável pelo transporte de petróleo e combustíveis, como resultado do acordo de delação premiada firmado no ano passado. Ex-deputado federal e ex-senador cearense, Sérgio Machado comandou a Transpetro como indicado pelo PMDB durante 13 anos dos Governos Lula e Dilma.
Durante as investigações da Operação Lava Jato, Machado delatou correligionários e aliados. Foi obrigado, também, a devolver dinheiro que desviou dos cofres da Transpetro após fazer um acordo de delação premiada, gravar conversas telefônicas e dizer como funcionava o esquema para alimentar o caixa de campanhas de políticos e partidos.
Após os acordos de delação premiada e as investigações na Operação Lava Jato, a Justiça Federal já recuperou 716 milhões somente do esquema de corrupção da Transpetro. Sem citar nomes, a Petrobras informou, nessa quarta-feira, que foram feitos pagamentos em três parcelas até a última sexta-feira. Esses recursos foram repatriados pelo Ministério Público Federal (MPF) e se referem a irregularidades apuradas pela Operação Lava-Jato.
A estatal petrolífera informou ainda que continuará “adotando as medidas jurídicas contra empresas e pessoas, inclusive ex-funcionários e políticos, que causaram danos financeiros e à imagem da companhia”. A Petrobras atua como co-autora com o MPF e a União em 13 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 33 ações penais.
A Petrobras ressaltou que está trabalhando em estreita parceria com as autoridades que conduzem a Operação Lava-Jato, sendo “reconhecida por tais autoridades, inclusive pelo próprio Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal Federal, como vítima da corrupção investigada” e acrescentou que “continuará colaborando com as autoridades e buscará o ressarcimento de todos os prejuízos causados em função dos atos ilícitos cometidos contra a companhia.”
(Com informações de O Globo)