Após quatro meses, Arnon perde apoio na base da câmara. |
Antes mesmo de ser levado à votação no plenário da Câmara de Vereadores, o novo organograma da administração municipal de Juazeiro do Norte, já recebe críticas dos parlamentares juazeirenses. E o primeiro a levantar voz contra a mensagem do Executivo que já deu entrada na casa e tramitas nas comissões, foi o vereador Capitão Vieira Neto.
Segundo Vieira Neto, o prefeito Arnon Bezerra fala uma coisa, mas na prática age de forma diferente. O parlamentar se refere no caso ao artigo 19 do organograma. Nele, o prefeito Arnon Bezerra cria e oficializa o 13º salário para o agente político. "Ou seja, para ele (prefeito), vice-prefeito, secretários municipais e vereadores", disse Vieira no plenário bastante tumultuado ontem (terça-feira,2). por conta da revolta dos vereadores contra a falta de diálogo com o gestor (ler tópico mais abaixo sobre racha na base governista).
Para Vieira Neto a medida além de impopular vai ao contrário do que Arnon tem dito nos meios de comunicação. "Nos microfones da rádios, sites e blog, o prefeito se posiciona contra gastos e diz não ter dinheiro sequer para o reajuste do servidor. Como que agora ele pede esse pagamento? Me posiciono contrário a esse medida, pois esse dinheiro deveria ser dado ao servidor. Servidor esse, já lesado pelo município no mês de fevereiro que teve duplicidade de desconto no imposto de renda. Só ali, a prefeitura colocou no bolso R$ 2 milhões e os servidores jamais serão restituídos", disparou Vieira Neto.
Outros vereadores acompanharam as palavras do Capitão Vieira Neto, numa clara demonstração que se quiser voltar a tranquilidade dos primeiros quatro meses de gestão, terá de negociar com a base que agora começa a se rebelar.
A votação da mensagem do Executivo criando o novo organograma da administração municipal está prevista para ocorrer no próximo dia 9.
NOTA: Na atual legislação, a Prefeitura é obrigada a pagar o 13º salário aos servidores efetivos e comissionados. Já aos agentes políticos fica a critério de cada gestor. Raimundo Macedo pagou durante os quatros anos de gestão. Já Carlos Cruz, não pagou.