A defesa de Michel Temer pediu nesta sexta-feira (26) ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o desmembramento do inquérito no qual o presidente é investigado junto com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Noutro documento, apresentado também nesta sexta, a defesa de Temer pediu a Fachin a “livre distribuição” do inquérito, de modo que o caso seja repassado, por sorteio, a outro ministro da Corte, em vez de permanecer com Fachin.
O advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira argumenta no pedido que os fatos narrados sobre os três políticos na delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS, não têm relação entre si.
A investigação sobre Temer, Aécio e Rocha Loures foi pedida de forma conjunta pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que afirmou que o deputado seria “homem de confiança” do presidente.
A defesa do presidente contesta essa informação. “Os fatos em si teriam sido praticados em circunstâncias de tempo, de natureza e de lugar distintos, não se apresentando correlatos por nenhuma identidade de caráter objetivo ou subjetivo vinculados entre si, mostrando-se imperiosa, portanto, a separação do inquérito”, diz o pedido.
A defesa de Temer também afirma que uma investigação autônoma sobre o presidente poderia tramitar mais rapidamente na Corte.
“O desmembramento das investigações com relação ao Chefe do Poder Executivo – frise-se: maior interessado na cabal apuração dos fatos – se mostra imprescindível e adequada para que os trabalhos investigativos sejam ultimados com a máxima brevidade possível”, diz o pedido.
O objetivo seria “garantir a estabilidade da Nação e de todas as suas instituições”.
(G1)