Sindicalistas tiveram espaço na câmara. (Fotos: Flávio Pinto) |
Insatisfeitos com os constantes adiamentos para o anúncio do reajuste salarial, servidores do município do Crato estiveram nesta terça-feira (18), na Câmara Municipal para pedir apoio aos vereadores no sentido de sensibilizar o prefeito Zé Aílton Brasil a chegar a acordo com a categoria.
"Sentamos várias vezes com a mesa de negociação proposta pelo prefeito, mas os adiamentos estão deixando os servidores indignados. O reajuste é um direito e não vamos abrir mão", avisa a professora Denise Pinheiro, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais do Crato.
De acordo com a sindicalista, os servidores do magistério reivindicam apenas a reposição do piso nacional, cujo índice recomendado pelo Governo Federal é de 7,64%. "Já os servidores que recebem acima de um salário, nossa proposta é de reajuste de 6,58%, mas o prefeito está sempre pedindo mais tempo para avaliar", acrescentou Denise Pinheiro.
A direção do Sindicato falou sobre a indecisão da gestão municipal. |
À imprensa, o prefeito Zé Aílton Brasil tem dito que até o final de maio vai definir o percentual que será concedido a todos os servidores, bem como tenciona divulgar o calendário de pagamento a ser adotado pela administração estadual para os próximos anos.
Os vereadores, quase todos aliados à base do prefeito Zé Aílton Brasil, como não poderia deixar de ser, tentaram amenizar a manifestação. Alguns se mostrando ou afirmando que estão do lado dos servidores, mas sempre pedindo paciência e diálogo com a administração municipal.
MANIFESTAÇÃO
Os servidores e professores presentes à sessão na Câmara Municipal também denunciaram a falta de transporte escolar para alunos da rede municipal de ensino, principalmente para algumas escolas localizadas na zona rural. "Merenda escolar também não está chegando em algumas escolas", disse a professora Maria Rita.
Recentemente, a assessoria de imprensa da prefeitura do Crato divulgou que o município adquiriu por meio de licitação a aquisição da merenda escolar para todas as escolas. "Se não está sendo distribuída de forma correta merece ser apurada", pontuou outra professora.