quinta-feira, 30 de março de 2017
"Contingenciamento de mais de R$ 42 bilhões prejudica o social, aumenta o desemprego e expõe contradições do governo federal", diz Chico Lopes
O aumento de impostos e os cortes de R$ 42 bilhões em recursos, anunciados na noite desta quarta-feira(29), pelo ministro da Fazenda, Henrique Meireles, expõem as contradições do Governo Federal quanto à política econômica e evidenciam que o povo vai pagar a conta da crise. A avaliação é do deputado federal Chico Lopes (foto), que destaca que, ao contrário das promessas que eram feitas, de imediata e ampla melhoria da economia após a saída da ex-presidente Dilma, o cenário econômico piorou e o governo Temer aproveita o momento para cortar direitos trabalhistas, aumentar impostos e contingenciar recursos que farão diferença principalmente na vida dos mais pobres.
"O ministro Henrique Meireles, que tinha dito que não haveria aumento de impostos, nesta quarta-feira anuncia em coletiva, para todo o País, que eles vão sim aumentar. Além de falar em novos possíveis aumentos em um futuro breve, ele já anunciou para agora o aumento do IOF das cooperativas de créditos, que sobe para o mesmo nível dos bancos, e o fim da desoneração de folha para vários setores, o que também é, na prática, aumento de imposto", aponta Chico Lopes.
"Enquanto isso, nada de reduzir juros, nada de taxar grandes fortunas. O governo quer que apenas o pobre pague a conta da crise, que cai mais uma vez sobre os ombros dos trabalhadores".
Cortes nos recursos sociais
"O governo confirmou que todos os ministérios serão prejudicados com cortes de recursos. Serão mais de R$ 20 bilhões em contingenciamento, dinheiro que deixará de ser investido na razão de ser do governo, que é o social, prestar os serviços que a sociedade espera e que as pessoas precisam, principalmente aquelas mais pobres, que mais dependem do governo", acrescenta Chico Lopes.
"É um corte profundo nos investimentos do governo, que mentiu par chegar ao poder, com um impeachment sem crime, e segue mentindo agora que está no comando. Disse que não aumentaria impostos, mas já começou a fazer isso. Disse que a crise passaria rápido, e o que estamos vendo o contrário, a crise aumentando muito e o povo perdendo direitos a cada dia. Disse que manteria os investimentos sociais, mas anuncia um corte de mais de R$ 42 bilhões no orçamento", compara o deputado cearense.
"O povo não vai aceitar isso. As manifestações contra esse desgoverno, em defesa dos direitos trabalhistas, previdenciários, dos investimentos e direitos sociais, vão ser cada vez maiores".
Colaborou Dawlton Moura)