terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Pagamento do precatório cria racha no Sinsemjum e cerca de 800 servidores da educação devem se desfiliar para criar sindicato próprio

Revoltados os servidores não aceitam ficar de fora do rateio do Fundef (Foto: Flávio Pinto)

A insatisfação com o rumo que o pagamento do precatório do Fundef está tomando pode gerar uma crise interna no Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (Sinsemjum). Cerca de 800 servidores da educação devem se desfiliar nos próximos dias para criarem o próprio sindicato da categoria. "Esse sindicato que aí está não nos representa. Essa diretoria só se preocupa em defender os interesses dos professores. Vamos fundar nosso sindicato pra lutar por nossos direitos", disse a servidora Lourdes Queiroz. "A desfiliação em massa é nossa única alternativa", completou.
A servidora foi uma entre as mais de 20 filiadas que estiveram ontem (segunda-feira, 6), na sede do Ministério Público, na tentativa de sensibilizar o prefeito Arnon Bezerra e os promotores de Justiça na audiência sobre o pagamento do precatório. "Infelizmente vai ser muito difícil conseguirmos algo. O sindicato nos abandonou e só luta pelos professores, então eles deveria transferir o nome para Sindicato dos Professores", afirmou o vigia de escola Antônio Cicero Silva.
Os servidores da educação municipal acreditam que tenham direito ao rateio do precatório, e para isso, um advogado já foi contratado para tratar da desfiliação dos 800 servidores da Sinsejum. Caso fiquem de fora, o grupo diz que vai entrar na Justiça.
A professora Maria José dos Santos, presidente do Sinsejum não quis comentar o assunto, mas tem demonstrado claramente apoio à proposta de que o rateio (60%) do Fundef seja dividido somente entre os profissionais do magistério.

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