Ao retomar o discurso, após intervalo de uma hora, a presidenta afastada reiterou que o processo é um golpe parlamentar. Ao responder questionamento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), Dilma disse que nem todos os golpes são militares e usam a força para a tomada do poder.
“A literatura chama esses golpes de golpes parlamentares. Não há em toda a teoria política, em nenhum momento nada escrito que golpe de Estado é igual a golpe militar. Golpe de Estado é a substituição de um governo legítimo, sem razão, por quaisquer razões que aleguem, tendo em vista a substituição indevida”, afirmou.
Segundo Dilma, esse processo trará consequências “mais cedo ou mais tarde, cobra o seu preço". "E muitas vezes ele leva a algumas restrições democráticas para impedir que os opositores protestem”, disse.
A presidenta já respondeu às perguntas de 30 senadores até o momento. Ao todo, há 51 senadores inscritos para questionar a presidenta, que depõe no Senado na condição de ré. A previsão é que o interrogatório ultrapasse as 23 horas.
(Agência Brasil)