Dirigentes do Frigorífico Industrial de Juazeiro estão em Fortaleza, na Tecnofrigorífico. |
O modelo administrativo e a nova forma de comercialização da carne bovina em Juazeiro do Norte tem despertado o interesse de marchantes e criadores de gado de vários municípios da Região do Cariri e até do Centro-Sul do Estado.
Remodelado e assegurando qualidades como higiene, câmaras frigoríficas de última geração e ainda assegurando a entrega da carne embalada e a carcaça ao proprietário, cada vez mais, comerciantes de gado têm procurado fazer o abete no Frigorífico Industrial de Juazeiro do Norte, comprovando que hoje, o frigorífico é referência.
Segundo o diretor-administrativo do frigorífico, Altemar Antunes, que está em Fortaleza participando da Tecnofrigorífico (feira voltada para abatedouros), a proposta é fazer até o final do ano, o local como principal ponto de abate do Cariri, sendo responsável pelo abate de mais de 35% de toda carne consumida na região. "Para isso, já protocolamos junto aos órgãos competentes como a Semace, Adagri, Cogerh e Ibama o certificado do SIE (Selo de Inspeção Estadual). O objetivo é ofercer além do abate, a legalização do transporte da carne para municípios vizinhos", explicou. O prazo é de que dentro de quatro meses todos os laudos sejam liberados.
CARNE DE VÁRZEA ALEGRE
Na quarta-feira (8), marchantes de Várzea Albre, se reuniram para debater o problema do abate de animais naquele município. É que o matadouro de Várzea Alegre foi fechado há três anos pela Semace. A precariedade exigiu do governo municipal a construção de um novo abatedouro. A obra foi iniciada, mas até hoje, não foi concluída, o que levou os marchantes a abater seus animais em Iguatu, que também foi interditado pela Semace.
Com a falta do matadouro, os marchantes e a população são os mais prejudicados. Os marchantes não têm como abater os animais no município e a população sente a alta do preço da carne no bolso.
Segundo o marchante, Juan Ferreira de Silva (Maninho de João Grande), 48 anos, em Iguatu, os responsáveis pelo matadouro “despescam” o animal abatido, não entregado aos marchantes o couro e outras partes do animal, que servem para comercialização.
Em Juazeiro do Norte, de acordo com ele, o matadouro entrega tudo o que os marchantes alegam ser de direito. Com isso, os marchantes estão reivindicando e garantem que irão à Justiça, cobrar uma autorização para que o transporte dos animais abatidos possa ser realizado pelo matadouro de Juazeiro do Norte para Várzea Alegre.
Os marchantes ameaçam, caso não consigam essa autorização, passar a abater os animais de forma clandestina, “na moita”, como essa forma de abate é mais conhecida.
(Com informações Varzeaalegre.com)