domingo, 5 de junho de 2016

Dilma classifica de mentirosa denúncia de que teria pedido doação de R$ 12 milhões

A presidente afastada Dilma Rousseff usou as redes sociais ontem (sábado, 4), para responder a matéria publicada pela revista IstoÉ, na qual o empreiteiro Marcelo Odebrecht, em acordo de confidencialidade com a Operação Lava Jato, afirmou que a petista teria pedido uma doação de R$ 12 milhões para sua campanha eleitoral em 2014, que não foi declarada à Justiça. A petista classificou a denúncia de "mentirosa e infundada".
Na resposta de Dilma, divulgada em nota por sua assessoria de imprensa, ela informa que "jamais intercedeu pessoalmente junto a qualquer pessoa ou empresário buscando benefícios financeiros para si ou para qualquer pessoa". E garante que "irá tomar as medidas judiciais cabíveis para reparar os danos provocados pelas infâmias lançadas contra si" e que "se mantém firme porque sabe que não há nada que possa incriminá-la".
"A ofensiva de setores da mídia com o objetivo de atacar a honra pessoal da Presidenta Dilma Rousseff não irá prosperar. Está fundada numa calúnia. Cabe aos acusadores provarem as várias denúncias, vazadas de maneira seletiva, covardemente trazidas por veículos da imprensa que não têm compromisso com a verdade", diz a nota divulgada nas páginas da presidente afastada nas redes sociais.
Na reportagem da Revista IstoÉ deste fim de semana, é revelado que o empreiteiro, preso desde junho do ano passado, teria dito que o então tesoureiro da campanha, Edinho Silva, havia pedido a ele uma doação de R$ 12 milhões para serem repassados ao marqueteiro João Santana e ao PMDB. De acordo com a publicação, Marcelo se recusou a fazer o repasse e resolveu tratar do assunto pessoalmente com Dilma. "Presidente, resolvi procurar a sra. para saber o seguinte: é mesmo para efetuar o pagamento exigido pelo Edinho?" "É para pagar", respondeu Dilma, segundo a revista.
Edinho também negou as declarações, as quais classificou como "show explícito de mentiras" somente para atacar Dilma. O ex-ministro diz que "jamais pediu recursos que não fossem doados legalmente".
(Estadão)

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