 |
| Foto: Divulgação |
Após cinco audiências em diferentes territórios da cidade, o Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência inicia a escuta da população de outros municípios. Amanhã (dia 27 de abril), será a vez dos moradores de Maracanaú falarem sobre a realidade local e a percepção deles acerca do que aproxima ou afasta os adolescentes da violência. A sexta audiência pública do Comitê será na Escola Maria Carmen Vieira Moreira (Rua Maria ferreira, 150 - Pajuçara/Maracanaú).
Nas audiências já realizadas - na própria Assembleia e nos bairros Bom Jardim, Barra do Ceará, Jangurussu e Vicente Pinzon - a população sugeriu ações em variadas áreas, desde concurso público para os profissionais que trabalham na rede de apoio (CREAS, CRAS etc) - a fim de evitar a imensa rotatividade que prejudica o atendimento à população; abertura de escolas à comunidade nos finais de semana; criação de espaços de lazer e cultura; e apoio a projetos sociais já existentes.
Outro tema recorrente tem sido a relação entre os agentes da segurança pública e as comunidades, marcada por violência e desconfiança, e a maneira como as comunidades e populações vulneráveis são retratadas pelos programas policiais. A próxima audiência será dia 29 de abril, em Juazeiro do Norte.
Dados
Informações do Sistema de Informação sobre Mortalidade/SIM(Secretaria Municipal de Saúde/Célula de Vigilância Epidemiológica) mostram a escalada da violência letal na adolescência em Fortaleza, em uma proporção que supera os homicídios entre adultos: em 2000, foram assassinadas na capital cearense 95 pessoas com idades entre 10 e 19 anos. Passada uma década, o número já era 312, chegando a 600 em 2014 e a 429 em 2015.
Apenas 15% dos bairros de Fortaleza concentram 44% dos homicídios. O risco de um adolescente do sexo masculino morrer assassinado em Fortaleza em 2015 foi 32 vezes maior do que o de uma adolescente do sexo feminino.
Grande parte das crianças/adolescentes assassinados no ano passado em 2015 está na faixa etária de 15-19 anos (94%). A maior parte foi morta por disparo de arma de fogo (93%). Apenas 6% das vítimas de homicídios cursavam o ensino médio, apesar da maioria, como descrito, ter 15 anos ou mais.
Serviço
Audiência Pública/ Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência
Data: 27 de abril, a partir das 18 horas
Local: Escola Maria Carmen Vieira Moreira (Rua Maria ferreira, 150 - Pajuçara/Maracanaú)
(ALCE)
