Os passageiros com viagens marcadas para hoje (quarta-feira,3) devem entrar em contato diretamente com as companhias contratadas para checar o status do voo, que pode sofrer atraso por causa da paralisação das atividades de aeronautas e aeroviários, programada para o período entre as 6h e as 8h em 12 aeroportos. Em Fortaleza, 10 voos já sofriam atraso até as 7 horas desta quarta-feira.
Se preferirem, passageiros com partidas marcadas para o horário da paralisação podem alterar os planos de viagem para outro horário ou nova data, sendo que cada companhia deverá informar as condições de remarcação dos bilhetes. Clientes que mantiverem os planos de viagem devem fazer o check-in antecipadamente e dar preferência aos canais eletrônico: sites dos aplicativos mobile e totens de autoatendimento nos aeroportos.
Anac vai fiscalizar assistência a passageiros por companhias aéreas
A paralisação deve ocorrer nos aeroportos de Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Viracopos, Brasília, Santos Dumont (RJ), Galeão (RJ), Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Florianópolis, Curitiba e Salvador. A adesão deverá ser de aeroviários (agente de check-in, auxiliar de serviços gerais, mecânicos de aeronaves, agente de bagagem, operador de equipamentos) e aeronautas (pilotos, copilotos, comissários, mecânicos e engenheiros de voo). A expectativa é de que cerca de 300 voos sejam afetados.
As categorias rejeitaram a proposta das empresas aéreas, que previa reajuste parcelado e não retroativo à data-base - dia 1º de dezembro. Os trabalhadores reivindicam a aplicação do reajuste de 11% nos salários e benefícios, retroativo à data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários.
O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), que representa as companhias TAM, Gol, Azul e Avianca, informou que apresentou seis propostas aos trabalhadores, mas todas foram recusadas. A entidade argumenta que nos últimos dez anos as companhias aéreas promoveram o reajuste dos salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com índices acima da inflação, além de ganhos nas cláusulas sociais. A entidade diz que segue aberta às negociações para evitar transtornos aos passageiros.
(Agência Brasil)