Normando e Tarso Magno denunciaram o caos na saúde pública de Juazeiro. (Foto: Flávio Pinto) |
"O prefeito Raimundo Macedo matou mais por omissão nesta sua gestão, do que em toda a sua vida de médico". A declaração é do vereador Tarso Magno (PR), feita no plenário da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, nesta terça-feira (8). A reação do parlamentar foi em virtude da morte do policial civil José Almir Gonçalves, 44, que há 22 dias sofreu uma queda de moto, causando-lhe grave ferimento na perna. Socorrido para o Hospital Regional do Cariri (HRC), o policial recebeu alta uma semana depois e foi pra casa, onde deveria cuidar dos ferimentos.
Passados os dias, Almir chegou a procurar por várias vezes, o PSF (26), no bairro Salesianos, mas não era atendimento por falta de material para curativos. "Até quando vamos conviver com os caos na saúde de nosso município?", indagou Tarso Magno.
Já o vereador Cláudio Luz (PT) disse que a morte de José Almir é apenas um retrato da saúde pública da gestão de Ramundão, que recentemente fechou as portas do Hospital Municipal Tasso Jereissati, também conhecido por "Estefânia". "Na realidade, o Estefânia está fechado desde 2013. Gastou-se R$ 1,5 milhão e meio em sua reforma e ele não ficou pronto", disparou Luz.
Ainda sobre a morte de José Almir, o vereador Normando Sóracles apresentou um laudo assinado pela médica Sofia Fernandes Pinto Maia, que atesta que deixou de atender o paciente por falta de material para fazer curativos no PSF e que, a causa da morte foi infecção generalizada pelo ferimento na perna.