O Estado do Ceará registrou crescimento acumulado 1,01% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos quatro trimestres, apesar do cenário de retração de 5,32 no 2º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. “A perspectiva é de que o Ceará fique ainda acima da média nacional no acumulado anual. Isso vai depender dos desdobramentos da crise nacional”, avaliou o diretor do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará, Flávio Ataliba.
O acumulado nos últimos quatro trimestres permanece acima da média nacional, que foi de -1,2%. Segundo Flávio Ataliba, um dos grandes fatores para o registrado neste trimestre é a queda do setor de serviços, que representa 84% da economia cearense. “Essa relevância para o Estado do Ceará é maior que no Brasil. Isso vale para o bem e para o mal”.
Ele argumentou que a base de comparação, o período pré-Copa do Mundo em 2014, foi um momento de grande elevação nos índices. “Por um lado você está comparando com algo que tinha uma base muito elevada com um fenômeno atípico que era a copa do mundo. E por outro, o próprio cenário nacional. O Ceará faz parte da federação brasileira, tem rebatimentos locais”, disse, acrescentando que os fatores mais decisivos para o índice foram o comércio e a intermediação financeira, por conta de juros e inflação.
Já o setor de alojamento e alimentação, ligado ao turismo, manteve crescimento de 0,77%. “Momento de crise é também o momento de abrir novas perspectivas. Com a alta do dólar e de outras moedas frente ao Real, podemos ser mais atrativos para os turistas internacionais e até para os brasileiros. A própria intenção do governador em ter uma carteira de concessões também é uma das medidas”, avaliou.
(Governo do Ceará)