Os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) estarão reunidos, em assembleia geral que acontece sexta-feira (17), às 16h, no Campus Fortaleza (Quadra Professor Valdson Alencar), para deliberar sobre indicativo de greve. O debate acontece após votação favorável à deflagração do movimento paredista pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), ocorrida durante a 132ª Plenária Nacional, realizada nos dias 4 e 5/7, em Brasília-DF.
Em todo o País, o corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento, anunciado pelo governo Dilma Rousseff, faz com que o sucateamento de serviços públicos e a precarização das condições de trabalho se aprofundem ainda mais. Tal conjuntura tem levado trabalhadores das mais diversas categorias a encamparem fortes campanhas salariais ou deflagrarem greve, como acontece no Serviço Público Federal. Além do SINASEFE, ANDES-SN, FASUBRA, FENAJUFE, FENASPS e CONDSEF também já contam com greves já aprovadas pela base e/ou em curso.
Mobilização no Ceará
No Ceará, a luta contra o pacote de ajustes do governo federal e as medidas conservadoras aprovadas pelo Congresso Nacional, vem ganhando corpo entre as categorias, com destaque para as greves dos trabalhadores rodoviários e da construção civil que, após forte mobilização, conseguiu arrancar, dos patrões, importantes reivindicações em suas campanhas salariais. Na educação, os servidores do IFCE vêm imprimindo forte participação nos debates que acontecem nas unidades e durante assembleias gerais da categoria.
Entre os estudantes do Instituto, o processo não é diferente. Preocupados com as condições de funcionamento e assistência estudantil que garanta a permanência nas unidades de ensino, discentes de diversas unidades – como Canindé, Jaguaribe e Sobral – têm protagonizado importantes mobilizações, contra os cortes no orçamento que atinge várias esferas, entre elas, a realização do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid).