Concluída ontem no Cariri a missão dos avaliadores da Rede Global de Geoparks. O geólogo e paleontólogo grego, Ilias Valiakos, e a geóloga iugoslava, Kirstin Lemon, percorreram por dois dias na região algumas áreas onde estão localizados os geossítios. De quatro em quatro anos, esse trabalho é realizado no intuito de sempre garantir o aperfeiçoamento das atividades nas áreas denominadas de Geopark, no mundo inteiro. No Caso do Cariri, onde estão inseridos seis municípios e nove geossítios, foi criado o primeiro Geopark das Américas que passa pela terceira avaliação do órgão internacional.
As perspectivas para que seja renovada a chancela internacional, com o Selo Verde, são inteiramente favoráveis, conforme o reitor da Universidade Regional do Cariri (URCA), Professor Patrício Melo. Ele destaca melhorias nos mais diversos aspectos, inclusive na infraestrutura, ampliação considerável de parceiros, além dos projetos na área da educação, com investimentos nas comunidades.
Para o avaliador grego, Ilias, é impressionante a área do Geopark Araripe, que ele não vê semelhança a nenhum um outro que conhece. Em dois dias pôde verificar a maior parte dos geossítios, onde ficou admirado com a riqueza presente nessas áreas. Já a geóloga Kiestin Lemon, destacou a diversidade cultural e a riqueza paleontológica presenta.
Ela ressaltou a qualidade dos fósseis encontrados na Bacia Sedimentar do Araripe.
Ilias disse que preencheu o relatório padrão enviado pela Unesco, com os dados que pôde coletar no Cariri. Agora, a avaliação ficará por conta dos técnicos da Rede Global, que em evento dos geoparks, em setembro deste ano, no Japão, estará divulgando o resultado. O coordenador Executivo do Geopark Araripe, Idalécio Freitas, afirma que praticamente todas as observações feitas há quatro anos, na área, foram trabalhadas, principalmente no contexto de melhorias da infraestrutura.
Ainda segundo o paleontólogo, tudo que pôde constatar na região foi muito positivo, até superior ao que aguardava. Também destacou o trabalho realizado com entusiasmo pela equipe do Geopark, o que vem somar no processo de avaliação. “Mas sempre devemos perceber que a ideia é poder melhorar sempre essas áreas”, afirma.
Atualmente são 111 Geoparks criados em todo o planeta, principalmente na Europa. No Brasil, o primeiro das américas foi o Geopark Araripe, que tem sido referência na criação de novos espaços do gênero, onde questões relacionadas ao geoturismo, geoeducação e a geoconservação são abordas e trabalhadas ao longo das ações ao desenvolvimento sustentável.
(Urca)