quarta-feira, 10 de junho de 2015

Corte de verba no IFCE preocupa servidores que já aprovaram indicativo de greve


O anúncio feito nesta terça-feira, 9/6, pelo reitor Virgílio Araripe, em veículos de imprensa, de que haverá um corte de 40% nos recursos para custeio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), causou apreensão aos servidores do Instituto, que estão atualmente mobilizados em torno de diversas reivindicações, com indicativo de greve já aprovado pelos servidores de 10 campi e da Reitoria. O anúncio reforçou a preocupação dos servidores com a situação do Instituto, que já vem sofrendo com dificuldades de pessoal e infraestrutura, falta de transparência e de cultura democrática e participativa, imposição de mudança de jornada de trabalho de 30 para 40 horas, entre outros temas que levaram à mobilização dos trabalhadores, reivindicando respostas da direção do IFCE.
“O novo corte de verbas, anunciado pelo reitor Virgílio Araripe, chegando a 40% dos recursos previstos para o IFCE, citando portaria do Ministério da Educação, representa um duro golpe para a nossa instituição e deixa ainda mais preocupados os servidores do Instituto, que já vêm lutando desde o ano passado contra grandes dificuldades, como a ameaça da retirada de direitos”, destaca Josias Valentim, integrante da Diretoria Colegiada do Sindicato dos Servidores do IFCE (SINDSIFCE), ressaltando a restrição imposta pela Reitoria do IFCE à flexibilização da jornada de trabalho, o que obrigou muitos servidores a passar de jornada de 30 horas para 40 horas semanais.
“O SINDSIFCE alerta os servidores, a comunidade acadêmica e a sociedade em geral para as consequências que esse corte pode representar para a qualidade da educação e para atividades do Instituto, desde as questões mais básicas do dia a dia até as ações em sala de aula e nos laboratórios”, aponta Josias, citando a necessidade de reforço da mobilização em defesa do IFCE, dos recursos federais para a educação e das instituições de ensino superior como um todo.
"Enquanto o reitor Virgílio Araripe declara à imprensa que uma greve prejudicaria os estudantes, é preciso destacar que os estudantes já serão prejudicados com cortes nas verbas de assistência estudantil. Em alguns campi, esse corte chega a até 30%", acrescenta o professor Josias Valentim.
(Assessoria do sindicato)

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