Quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no golpe do poço profundo, no município de Jaguaribe. Segundo a Polícia, a quadrilha se aproveitou da escassez de chuva e enganou mais de 40 pessoas, a maioria agricultores, lucrando mais de R$ 30 mil com a ação criminosa, em menos de duas semanas.
De acordo com informações da delegada Mary Cavalcante, a Polícia recebeu denúncias de pessoas que foram vítimas do golpe. “A gente recebeu a denúncia de que quatro pessoas estariam cobrando R$ 800 para fazer a escavação de poços profundos em Jaguaribe” explicou.
A Polícia foi até o local e abordou os quatro quando realizavam a marcação dos poços. Ainda segundo a delegada, após a constatação do golpe e prisão dos suspeitos, os policiais foram até a pousada onde o grupo estava hospedado há dois dias.
No local foram apreendidos R$ 10 mil em espécie (que seriam de vítimas), um automóvel, anotações e documentos que comprovariam o crime. Eles enganavam as vítimas dizendo que a obra seria feita pelo Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas).
As vítimas pagavam um valor que variava entre R$ 800 a R$ 1.200, dependendo do poço e do local. Segundo o tenente PM Rivelino Veiga, um poço em Jaguaribe custa em média R$ 20 mil. Durante o depoimento, a quadrilha relatou que 41 pessoas pagaram para ter os poços profundos. Segundo a Polícia, um dos presos seria funcionário do Dnocs e trabalhava marcando os locais de poços profundos.
De acordo com o escrivão Alexandre Meireles foram detidos Francisco Marques de Sousa, 53, Francisca Eloisa Antunes Pereira, 45, Antônio Wilson Ferreira da Silva, 69, e José Maria Silva Valente, 57. Os suspeitos foram autuados em flagrante por estelionato, formação de quadrilha e corrupção, sendo o último crime apenas para Francisco Marques, por utilizar um cargo público para aplicar golpes.
(O Povo)