Cláudio Luz e Normando querem rigor nas investigações (Foto: Flávio Pinto) |
Polêmica na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. O vereador Cláudio Luz (PT) utilizou 20 minutos da tribuna da poder legislativo nesta quinta-feira (19), para denunciar um atentado a bala sofrido por testemunha que depôs na comissão que apurou denúncias para instalar a "CPÌ dos Ar-condicionados".
De acordo com a denúncia feita em plenário por Cláudio Luz, a testemunha Jaílson Alves dos Santos, de 23 anos, e o irmão dele, Janaílson Alves dos Santos, teriam sido alvo da ação de dois homens que estavam de moto, quando chagavam em casa, há cerca de um mês. Janaílson saiu ileso, mas Jaílson, que seria o principal alvo da dupla, foi baleado e passou uma semana internado no Hospital Regional do Cariri (HRC), em Juazeiro do Norte. Depois de receber alta, Jaílson deixou a cidade com medo de sofrer um novo atentado. Ele hoje vive recluso.
Jaílson Alves aparece como principal testemunha no processo enviado à Justiça pelo vereador Cláudio Luz, que investiga crimes de lavagem de dinheiro, licitação por meio de fraude e estelionato contra um grupo de empresários de Juazeiro do Norte com o provável coluio da administração municipal.
Conforme a denúncia de Cláudio Luz, a vítima foi envolvida numa ação criminosa que tinha como objetivo lapidar os cofres públicos do município. "Consta no depoimento dele à comissão formada para instalar a CPI dos ar-condiconados, que a quadrilha utilizou os documentos de Jaílson para abrir uma empresa denominada de Jailtec e outra Jaílson Alves dos Santos-ME, que passaram a prestar serviços para prefeituras de Juazeiro, Aurora e Farias Brito.", explicou o vereador petista.
A partir daí, relata Luz, que as duas empresas fizeram vários contratos sem que Jaílson tomasse ciência de que havia se tornado empresário bem sucedido.
Em seu depoimento à comissão da CPI, no dia 13 de dezembro de 2013, aos vereadores Tarso Magno (presidente), Zé Ivan Leiteiro (secretário) e Cláudio Luz (relator), Jailson disse trabalhar num lava-jato e que em 2012 trabalhou como pesquisador no comitê de uma candidata a vereadora, que não foi reeleita. A pedido dela e de um empresário acabou entregando documentos pessoais como se fosse para se cadastrar no trabalho.
Os vereadores Gledson Bezerra (PTB), Darlan Lobo (PMDB) e Normando Sóracles (PSL), solicitaram que a denúncia (atendado contra Jaílson Alves) feita nesta quinta-feira no plenário da câmara fosse encaminhada para o conhecimento do Ministério Público,e para ser juntado ao processo no Tribunal de Justiça do Estado, bem como seja dada proteção a Jaílson e ainda que as polícias Federal e Civil abram inquérito para investigar o caso.
NOTA: A CPI do ar-condicionado foi rejeitada por maioria de votos em julho de 2014. Mesmo assim, o vereador Cláudio Luz fez a denúncia ao Ministério Público.