 |
| Mirian Sobreira e Arnon Bezerra na posse de Camilo. (Foto : Flávio Pinto ) |
Em entrevista a esse blog momentos antes da posse do governador Camilo Santana (PT), nesta quinta-feira (1), em Fortaleza, o deputado federal Arnon Bezerra (PTB) falou sobre a perda da Faculdade de Medicina pelo município do Crato, sua decepção e mágoa com o prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo (PMDB) e sobre seu irmão Luiz Ivan Bezerra, que pode assumir ao longo de 2015, a prefeitura, caso Raimundão peça licença ou haja afastamento por determinação judicial.
Arnon Bezerra iniciou a entrevista afirmando que é contra o irmão assumir por licença a pedido de Raimundão. "Assim, ele estaria amarrado ao esquema político estabelecido por pelo prefeito. Se assumir terá que soltar as amarras e ficar livre para implantar seu modelo de governo", disparou o deputado petebista.
No entendimento de Arnon, caso Luiz Ivan venha a assumir a prefeitura, o primeiro ato será de cancelar todos os contratos com empresas que estejam em vigência. Cancelar também todos as portarias e pagar apenas os servidores concursados. Afinal, se houver afastamento judicial do prefeito é justamente por isso, esses contratos e as licitações duvidosas", disparou Arnon Bezerra.
O deputado federal, que desde o fim do período eleitoral tem adotado um discurso mais crítico contra Raimuindão, não escondeu o fato de ter ficado decepcionado com o atual gestor de Juazeiro do Norte, que o prometeu apoio (votos), mas durante toda a campanha nada vez. "Quando conversamos, ele me pediu pra apoiar o Eunício. Na ocasião, disse que já estava com o Camilo e assim o fiz. Como o apoiei em 2012, ele se comprometeu em público me dar apoiar. Só que isso nunca aconteceu, mas não será por isso, que irei me igualar a ele. Desejo que consiga acertar seu governo", disse o deputado federal.
Por último, Arnon voltou a criticar o prefeito do Crato, Ronaldo Gomes de Mattos (PMDB), que no seu entendimento foi o grande responsável pelo fato do MEC não autorizar a abertura da Faculdade de Medicina, que estava praticamente certa. "Houve propaganda antecipada e o município ficou parado, não se atentou para as exigências do MEC", concluiu.
No último dia 30, o MEC públicou portaria liberando 20 municípios brasileiros aptos a instalar Faculdade de Medicina. O Crato ficou fora da lista por vários motivos, um deles foi o de não reunir leitos hospitalares suficiente.
