quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Mesmo sob ameaça de descredenciamento, Raimundão diz que não vai assinar termo de adesão e repassar verbas para o consórcio da policlínica
E continua a polêmica sobre o consórcio da Policlínica de Barbalha, formando pelos municípios de Jardim, Missão Velha, Caririaçu, Juazeiro do Norte e Barbalha. Mesmo diante da ameaça de ser retirado do consórcio, o prefeito Raimundo Macedo, de Juazeiro, mandou duro recado aos demais prefeitos: não vai assinar sua adesão à policlínica. O que significa dizer que não irá pagar sua cota. "A não ser que haja reajuste de valores", ponderou o prefeito de Juazeiro de Norte.
Para sua decisão, Raimundão explicou que paga mensalmente R$ 79 mil a laboratórios clínicos situados em Juazeiro do Norte, enquanto a policlínica exige uma cota de R$ 244 mil. "Fiz um acordo com o secretário executivo da Secretaria de Saúde, Acilon Gonçalves, para testar o sistema da policlínica por determinado período. Concluí que, não há vantagem em aderir ao programa. Se estão atendendo pacientes de Juazeiro é por há determinação superior", acrescentou.
Em funcionamento há mais de um ano, as despesas são rateadas entre os municípios participantes do consórcios, que enviam pacientes para atendimento exames e/ou tratamento na policlínica.
Acontece que mesmo sendo o maior município que envia pacientes mensalmente para atendimento, Juazeiro do Norte nunca repassou valores de sua cota, colando em risco o pleno funcionamento da unidade médica, pois sobrecarrega os demais participantes.
Na última reunião entre os prefeitos que mantêm a policlínica, houve ameaça de descredenciar o município de Juazeiro do Norte, impedindo que, pacientes oriundos dessa cidade, deixem de ser atendidos, até que Raimundão decida assinar o termo de adesão e faça o repasse como todos os consorciados.
O caso já é do conhecimento do secretário de Saúde do Estado, Carlile Lavor, que ainda não se manifestou sobre a discussão.