sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Justiça decreta prisão preventiva do ex-presidente da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, Zé de Amélia Júnior e de ex-vereadora

Zé de Amélia é considerado foragido.

O juiz da 2ª Vara Criminal de Juazeiro do Norte, Péricles Victor Galvão de Oliveira, determinou nesta sexta-feira (19) a prisão preventiva do ex-presidente da Câmara Municipal, José Duarte Pereira Júnior (conhecido como Zé de Amélia), e da esposa dele, a ex-vereadora Mirantécia Rodrigues Castelo Branco Sampaio (conhecida como Mira Sampaio). Eles são acusados de desviar recursos da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, pagando servidores públicos comissionados fantasmas e depositando esses valores em suas contas particulares e de terceiros. A decisão judicial atende ao pedido feito pelo Ministério Público do Estado do Ceará.
O mandado de prisão foi expedido,  e não foi ainda efetivado tendo em vista que os acusados encontram-se, até o momento dessa postagem (às 22 horas desta sexta-feira), foragidos.
Zé de Amélia, que é vereador e está afastado por decisão judicial; Mira Sampaio; e outras seis pessoas, dentre elas a ex-vereadora e atual secretária municipal Francisca Delian Pinheiro, foram denunciados pelo cometimento dos crimes de ordenação de despesa não autorizada em continuidade delitiva; aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura; falsidade ideológica em continuidade delitiva; uso de documento falso; associação criminosa; peculato em concurso de pessoas e em continuidade delitiva e crime de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores.
A denúncia, subscrita pelos promotores de Justiça Juliana Silveira Mota, José Silderlandio do Nascimento e Lucas Felipe Azevedo de Brito, narra em 155 páginas uma minuciosa trama delituosa liderada por Zé de Amélia e Mira Sampaio que custaram aos cofres públicos, apenas em empréstimos consignados feitos mediante apresentação de documentação falsa, a importância de R$ 3.373.590,48. Por exemplo, o próprio Zé de Amélia fez um empréstimo consignado juntando o contracheque de R$ 34 mil, quando só ganhava R$ 10 mil. A conduta criminal de dezenas de outros servidores da Câmara será apurada em outro procedimento.
(MPCE)

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