terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Estudo aponta que 90% dos acidentes com crianças podem ser evitados
As lesões e mortes decorrentes de acidentes referentes a trânsito, envenenamento, afogamento, quedas, queimaduras e outros são a principal causa de morte com crianças a partir de um ano de idade no Brasil. Esta também é a realidade no mundo onde o trauma é a principal causa de morte em crianças e adultos jovens e um dos maiores problemas de saúde pública mundial. Os dados são do relatório da Rede Nacional Primeira Infância sobre acidentes com crianças.
A boa notícia, no entanto, é que estudos da Ong Safe Kids Worldwide mostram que pelo menos 90% dessas lesões podem ser evitadas a partir das seguintes estratégias: avaliação; educação; modificações de engenharia e do meio ambiente; criação e cumprimento da leis e “empoderamento” da comunidade.
Recomendações
As crianças, afirma o relatório, são mais frágeis fisicamente, inexperientes, não tem medo e ainda estão desenvolvendo suas habilidades de reação aos perigos. Por isso, é muito importante adequar os ambientes em que elas vivem (escola, casa, parquinhos, etc.) e educar seus cuidadores para reconhecerem estes perigos e terem uma supervisão ativa sobre as crianças.
Em cada fase do desenvolvimento, as crianças precisam de cuidados específicos. Até um ano, elas são frágeis fisicamente e estão mais vulneráveis principalmente as quedas e a sufocação. De dois a quatro anos, elas são curiosas e inconsequentes. Já de cinco a nove anos, são influenciáveis e com habilidades motoras abaixo do julgamento crítico fazendo. Nestas duas faixas etárias estão em maior risco de sofrer acidentes letais como de trânsito e afogamentos, e hospitalizações com quedas e queimaduras.
O relatório da Rede Nacional Primeira Infância também sugere ensinar a criança a se comportar com segurança no trânsito, a parar na calçada ou no canto da rua e olhar para os dois lados antes de atravessar as ruas. Nos parquinhos, as quedas representam as mais severas lesões. O risco é quatro vezes maior se a criança cai de um brinquedo mais alto que 1,5m. Importante sempre verificar se os equipamentos são apropriados para a idade da criança e fique atento aos perigos como ferrugem, pregos expostos, superfícies instáveis ou quebradas.
Os afogamentos são rápidos, silenciosos e de grande gravidade, por isso as crianças devem sempre ser supervisionadas por um adulto, quando próximas à água. Os baldes e bacias devem ser guardados no alto quando com água e virados para baixo e fora do alcance das crianças quando sem uso.
De acordo com a pesquisa, as famílias, professores, agentes de saúde e cuidadores profissionais devem fazer cursos de primeiros socorros.
(Agência da Boa Notícia)