Samuel Freire tem se reunido com sua equipe e debruçado sobre pilhas de documentos. |
Cortar o veículo do gabinete que tinha à sua disposição, enxugar a folha dos servidores, rescindir contratos de aluguéis, readequar a carga horária dos servidores, conversar com fornecedores e pedir a revisão do acordo feito com a Justiça do Trabalho feita pelos seus antecessores, são algumas das medidas de austeridade que o prefeito de Assaré, no Cariri Oeste, Samuel Freire (PT), colocou em prática para evitar que o município entre em colapso financeiro.
Desde o início do mês, quando anunciou ter sido pego de surpresa com a cobrança de quase R$ 8 milhões somente com o INSS, que deixou de ser repassado entre os anos de 2006 a 2011, Samuel Freire e sua equipe de governo tem se reunido diariamente com intuito de buscar soluções para a situação em que se encontra o município.
O município já tem comprometido com o pagamento de precatórios através da retenção de receita cerca de 10% do repasse a que tem direito sobre o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que representa algo em torno de R$ 108 mil/mensais, "O problema é que o gestor anterior fez esse acordo sem prever que o repasse ficaria congelado desde 2009. Além disso também estão sendo cobradas dividas contraídas e não pagar pelo meu antecessor, como o Pasep dos servidores no valor de R$ 423 mil e multas, aplicadas pelo Ibama e Fundação Nacional de Saúde, que também não foram contraídas em minha gestão", explicou Samuel Freire.
Após uma auditoria internas na contas da Prefeitura de Assaré, a contabilidade deparou-se com uma dívida quase impagável estimada em pouco mais de R$ 13 milhões. Desde então, Samuel Freire tem procurado ajuda até em Brasília, onde se socorreu do deputado federal e vice-presidente nacional do PT, José Guimarães. "A dívida com o INSS não tem perdão. Tem que ser paga em até 180 meses", afirmou Samuel tentará acordo com a Justiça do Trabalho. "Vamos tentar sensibilizar o TRT, justificando que o município está vivendo um seca sem precedentes, explicar essa dívida com o INSS, para ver se conseguimos diminuir o valor da parcela dos precatórios", acrescentou.
Por outro lado, o prefeito tem conseguido o apoio da população que tem percebido a boa intensão de Samuel em tirar Assaré dessa situação, a qual não pode ser responsabilizado. "Estou reduzindo o número de servidores. São intocáveis a atenção básica em nossos 10 PSFs e a merenda e o transporte escolar. Cortei assessores, diminui a quantidade de carros da coleta de lixo e várias outras medidas administrativa. A meta é economizar entre R$ 90 mil a R$ 100 mil", finalizou o prefeito Samuel Freire.